Dia 3 de junho ficou consagrado como o Dia Internacional desses profissionais do serviço do vinho, responsáveis pela harmonização da comida com o vinho, e do vinho com o bolso do freguês. Antes, o estereótipo era o do sabichão de nariz empinado, com ar de “papai sabe tudo”.

Charge/caricatura do sommelier

Hoje, essa função vai muito além. Eles atuam também em lojas especializadas, eventos, importadoras, vinícolas, plataformas de e-commerce, escrevem blogs, proferem palestras, participam de lives e webminars  e têm perfís nas mídias sociais. Embora a sua  missão continue a mesma: ajudar as pessoas a escolherem melhor o que vão beber, sugerindo o vinho adequado de forma acessível, respeitosa e apaixonada. E funcionam, também, como influenciadores, desmistificando o enigma do vinho e tornando-o mais acessível. Tanto que às vezes essa atuação incentiva os clientes a experimentarem rótulos alternativos, como os provenientes de novos e “impensáveis” países produtores: a Inglaterra, a Holanda, a Rússia e a China, por exemplo. E mesmo variações dentro de um mesmo país, como o caso dos Vinhos Tropicais, do Vale do São Francisco, no semiárido da Bahia e Pernambuco. Estes vinhos são reconhecidos pela sua Indicação de Procedência, conferida pelo INPI.

Vinhos Tropicais

A origem da palavra sommelier é antiga e remonta ao período em que os senhores feudais, a monarquia e a aristocracia se deslocavam — ou para a guerra ou para o lazer — de um castelo para um palácio, ou vice-versa, levando roupas, utensílios e bebidas. E muitos homens para servi-los e assegurar o necessário para o descanso, o lazer e a alimentação dos seus senhores. Ora, tudo isso era acondicionado em fardos que eram chamados de soma (em francês: somme) e o pessoal, as viaturas de transporte e os animais usados para o transporte eram chamados de sommiers.

Com o passar do tempo, o termo foi evoluindo sommeliers, como os designamos, hoje.

Por Reinaldo Paes Barreto