Pelo menos é o que muito gente acha, depois que o Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na lua, em 1969, casou-se em 2023 com uma engenheira química, Ana Faur, de 63 anos. Detalhe: e ele, com 93 anos! Outra (demonstração?) de miolo mole, é que os três foram passar quase três horas na lua — sem fazer seguro de vida! Ou seja, a NASA não tinha um seguro coletivo e nenhuma corretora aceitou fazer individual. E eles foram mesmo assim.
Mas parodiando o ditado, Deus ajuda os bêbados, as crianças … e os astronautas. Além do que passar na lua deve fazer bem à saúde física, porque os outros dois, morreram velhinhos: Armstrong aos 82, do coração (enfim!) e Collins, aos 90, de câncer. E o Aldrin continua pimpão.
Agora mais a sério: todo dia 20 de julho, o mundo celebra o mais formidável feito planetário já realizado até então pelo homem (no caso, não tinha mulher, mesmo): a primeira ida de astronautas à lua, nesse dia de 1969. Foi a Missão Apolo 11, levando os três americanos (com coincidentes 39 nos cada), a bordo da nave Eagle, ao célebre voo espacial. Missão que durou 195 horas, 18 minutos e 35 segundos
Bom, mas já que ninguém quis fazer um seguro dessa epopeia, e por insistência da família e de amigos, os três deixaram com as esposas alguns souvenirs que poderiam ser vendidos para museus, colecionadores, curiosos e milionários em geral — caso não voltassem. E essas lembranças foram cartões com vistas da lua (contendo a assinatura dos três e do Nixon, então presidente dos EUA), cópias dos uniformes, réplicas da Apollo 11, moedas cunhadas especialmente, além de objetos pessoais: uniformes, relógios, bonés, fardas, etc.
Até porque o temor de uma tragédia era compartilhado não só pelos técnicos da NASA, mas pelo próprio presidente e seus auxiliares mais próximos. A tal ponto, que o Nixon encomendou ao seu ghost-writer, William Safire, um discurso bonito, de despedida, caso eles não voltassem: “o destino determinou que estes homens, estes heróis, que foram explorar a lua, em paz , hão de ficar na Lua, para sempre, descansando… em paz”. Mas, felizmente, pode saudar os heróis “vivos”, na volta, após terem ficado 2h e 32m na superfície lunar e, no dia seguinte, iniciarem o caminho de volta, depois de cinco dias de viagem. O Eagle decolou “de lá” no dia 21 de julho, às 13h 54, hora dos EUA e acoplou no Columbia (*) que desceu suavemente no dia 24 de julho, “amerrissando” no Oceano Pacífico às 16h e 50m.
A continuação, todos conhecemos: deram a volta ao mundo – consagrados. E ficaram velhinhos, sempre merecidamente celebrados , e foram recebidos com pompa e circunstância na Casa Branca por quase todos os presidentes posteriores.
Drummond fez uma crônica linda para o JB no dia 25 de julho, que terminava dizendo: “OK, os americanos pisaram na lua. Mas num espaço eles nunca vão pisar: no luar”.
(*) a nave Eagle ficou orbitando na lua até tornar-se um destroço espacial
Por Reinaldo Paes Barreto