A KPMG e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) acabam de lançar a 3ª edição do “Guia ESG do Setor Supermercadista” que traz os 20 indicadores eleitos pelos empresários para mensurar os dez aspectos ESG definidos para o varejo alimentar divididos em três perspectivas (ambiental, social e governança). A finalidade é ajudar a indústria a lidar com o tema de forma estruturada e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Para realizar o documento, foram consultados, em agosto deste ano, executivos de 1.250 empresas.
“A agenda ESG tem avançado em um ritmo sem precedentes. A entrada de novos atores como investidores, reguladores, jovens, formadores de opinião colocou o tema no dia a dia dos negócios. São necessárias ações que ajudam a reduzir a pobreza, a discriminação,
contaminações, regenerar ecossistemas, promover princípios éticos, entre outras. E o setor de varejo tem um papel importante nessa jornada”, analisa o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gamboa.

Os dez objetivos ESG e os respectivos indicadores primário e secundário para o varejo
alimentar apontados pelo guia são os seguintes:

Ambiental:
1 – Gestão de resíduos e a logística reversa de embalagens: volume de resíduos gerados; taxa de reciclagem.
2 – Redução de emissões de gases refrigerantes: eficiência energética dos sistemas de
refrigeração; Emissões de gases refrigerantes.
3 – Eficiência hídrica: consumo total de água; vazamentos e perdas de água.
4 – Eficiência elétrica: consumo de energia por refrigeradores e freezers; uso de energia
Renovável.
5 – Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na operação e na logística:
inventário de emissões de GEE; emissões de escopo 1, 2 e 3.

Social:
6 – Modernização do sistema de prazo de validade, com a adoção do Best Before (extensão do prazo de validade): redução do desperdício de alimentos; taxa de adoção do “Best Before”.
7 – Venda social e a doação de alimentos para grupos vulneráveis: quantidade de alimentos
doados; taxa de redução de desperdício de alimentos.
8 – Geração de emprego, 1º emprego e renda: número de empregos criados; impacto
econômico local.

Governança:
9 – Adoção das melhores práticas de governança familiar e corporativa: existência de estrutura de governança; cultura organizacional.
10 – Diversidade de gênero, raça, religião, etária e deficiências: representatividade
demográfica; ambiente inclusivo. “O lançamento desta terceira edição do Guia ESG do Setor Supermercadista Brasileiro é um passo significativo para o varejo alimentar no país, ajudando empresas de todos os tamanhos a incorporar práticas de sustentabilidade e responsabilidade social em suas operações,” afirmou Paulo Pompílio, vice-presidente da ABRAS. “Estamos comprometidos em liderar o setor na adoção de ações que promovam ética, transparência e um futuro mais sustentável.”

Na 4ª edição do Guia ESG do Setor Supermercadista, já em desenvolvimento pela ABRAS e
KPMG, será publicada a métrica (fórmula de cálculo padrão) dos dez indicadores principais que serão aferidos pela ABRAS para orientar as empresas do varejo alimentar brasileiro com as melhores práticas.