Documento visa auxiliar investidores e instituições financeiras na Cop 29
A KPMG, em parceria com o banco Standard Chartered e com o Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, lançou um guia inédito com orientações que podem auxiliar a mobilização de investimentos para adaptação e resiliência climática, além de um roteiro prático com oportunidades financeiras elegíveis. O documento responde ao chamado urgente pela mobilização de financiamento privado, emitido na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop 28) realizada no ano passado, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e pode servir como uma referência para a reunião deste ano, em novembro, na cidade de Baku, capital do Azerbaijão.
O guia mapeia mais de cem atividades elegíveis para investimentos de adaptação e resiliência, incluindo as seguintes: culturas resilientes ao clima, agricultura vertical, proteção natural contra enchentes, medidas de conservação e eficiência para o uso da água, investimento em infraestrutura de hospitais públicos, soluções para armazenamento de energia renovável, conservação e replantio de manguezais, entre outras.
O documento foi desenvolvido com o suporte de mais de vinte grandes instituições financeiras, bancos multilaterais de desenvolvimento e organizações não-governamentais, incluindo a Iniciativa de Financiamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e propõe as seguintes ações:
Estabelecimento de uma referência para adaptação e resiliência ao listar temas e atividades elegíveis ao financiamento, o que proporciona transparência e alinhamento para o setor.
Simplificação da tomada de decisão ao aplicar princípios e orientações baseadas nas melhores práticas adotadas no financiamento para adaptação e resiliência.
Identificação de investimentos prioritários com destaque para a redução de emissões, proteção e conservação da natureza, benefícios de adaptação e resiliência, entre outros temas.
“O financiamento para adaptação e resiliência climática é cada vez mais necessário e, mesmo assim, apresenta um déficit crítico. Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento precisam de mais recursos para enfrentar o clima extremo, por isso o capital deve se mover na direção certa. No Brasil, bancos comerciais e investidores privados têm a oportunidade de liderar pelo exemplo, incorporando a adaptação e a resiliência em seus fluxos financeiros”, concluiu o sócio-diretor de ESG para serviços financeiros da KPMG no Brasil, Bruno Youssif.