De nome SWIM, que significa Sensing With Independent Micro-swimmers, o protótipo de robô foi construído no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, no sul da Califórnia, com o objetivo de demonstrar a viabilidade do conceito da missão.

O protótipo do pequeno robô foi testado com uma cápsula de sensor sob o campo de gelo de Juneau, no Alasca, em julho de 2023.

Posteriormente, os robôs demonstraram uma capacidade de manobra impressionante em testes realizados na piscina do Caltech, em setembro de 2024. O protótipo media 42 centímetros de comprimento e pesava 2,3 quilogramas.

Em testes de piscina, o protótipo à esquerda demonstrou manobras controladas, a capacidade de se manter e corrigir a sua rota, e um padrão de exploração “cortador de relva” para a frente e para trás. Conseguiu tudo isto de forma autónoma, sem a intervenção direta da equipa.

Escreveu a NASA, num comunicado, onde partilhou que o robô até soletrou “J-P-L”.

Este projeto SWIM da NASA prevê um conjunto de robôs subaquáticos do tamanho de um telemóvel para explorar os oceanos subterrâneos em luas geladas, como a Europa de Júpiter e a Enceladus de Saturno.

Conjunto de pequenos robôs da NASA pode entregar muito conhecimento

Uma cryobot, uma sonda especializada capaz de derreter através de espessas crostas geladas, transportaria estes minúsculos robôs para debaixo do gelo. Uma vez no oceano, os robôs dispersar-se-iam em busca de sinais químicos e de temperatura que pudessem indicar a existência de vida.

Diferentemente dos robôs usados nos testes, os dispositivos destinados a viagens espaciais seriam muito mais pequenos, com dimensões inferiores a cerca de um terço do tamanho do protótipo, que tinha 42 centímetros.

Isto permitir-lhes-á funcionar em habitats alienígenas limitados e difíceis, porque são mais pequenos do que os veículos científicos subaquáticos existentes.

Ao fornecer uma técnica altamente flexível para a investigação de ambientes potencialmente habitáveis, a nova metodologia SWIM procura melhorar como os cientistas investigam planetas oceânicos longínquos.

A NASA afirma que, ao utilizar um conjunto de pequenos robôs autopropulsionados, a missão aumenta a probabilidade de encontrar vida extraterrestre e faz avançar o conhecimento relativamente ao cosmos.

Fonte: Sapo.pt