Se um bom prato leva tempo a ser preparado, este sonho precisou de três décadas até estar no ponto e pronto a iluminar os dias da cidade. O restaurante Oficina – antiga garagem mecânica de restauro de automóveis – é a materialização do que poderia ser apenas a utopia ambicionada por um homem com um percurso singular no Mundo da Arte em Portugal.

Arte e Gastronomia por vezes parecem primos afastados, mas não deixam de partilhar múltiplas cumplicidades. Adoram apelar aos sentidos no modo como se comprazem na criação de algo novo e diferente. A capacidade inventiva e a inovação estética são domínios da Arte indispensáveis à boa Gastronomia. A maturação, a disponibilidade para deixar fluir o tempo, são atributos da Gastronomia não desdenhados pela Arte.

O Oficina não será apenas um restaurante. Será um espaço de encontros. Entre a cozinha tradicional portuguesa e artistas disponíveis para reinventar pratos. Entre quantos gostam da boa mesa e quantos não dispensam uma boa conversa. Em tertúlias à volta de uma mesa. Nos múltiplos recantos deste espaço aberto.

Assume o desejo de marcar a diferença ao transformar-se num local de referência. Pelo modo como soube respeitar a traça original do edifício onde se instala, ou pela forma como conseguiu manter elementos definidores da identidade do edifício: o ferro, a madeira e o betão.

O passado serve apenas para alicerçar o futuro. A partir daquelas memórias, o Oficina procurará encontrar inovadores cruzamentos entre duas paixões: Arte e Gastronomia.chef
Se de Carrara vem o melhor dos mármores, das montanhas do Afeganistão chega o mais belo lápis-lazuli. Muitos dos melhores desenhos e muitas das mais esplendorosas esculturas nascem da sua utilização. Vêm da terra. Vêm com a força dos produtos naturais.

Na gastronomia contemporânea há um permanente desafio ao qual se submetem “chefs” como Marco Gomes: abraçar a dimensão artística contida na conceção de cada novo prato, sem perder nunca o contacto com a tradição.

Uma tradição que nos aconselha a utilização tão vasta quanto possível dos produtos tradicionais, por deles emanar o verdadeiro sentido do que somos e deles escorrer a paixão pelas vivências cravadas na memória.

Para um homem como Marco Gomes, oriundo de uma família de Alfândega da Fé para quem cozinhar era uma outra forma de comunicar e partilhar, conteúdo e forma assumem, na gastronomia, uma função similar à que lhe conhecemos dos diferentes movimentos artísticos.

Tal como o artista pretende usar os melhores, mais adequados e por vezes mais ousados materiais para transmitir um ponto de vista, também Marco Gomes procura extrair dos produtos autóctones a sua máxima expressão. Depois, apresenta-os envoltos numa roupagem destinada a seduzir o olhar.

Marco Gomes, por muitos conhecido graças à sua ligação a outros projetos, ou pela presença regular nos órgãos de comunicação social, abre a cozinha do espaço Oficina à colaboração com um arco-íris de expressões artísticas. O desejo anunciado consuma-se na ambição de ver Arte e Gastronomia desaguarem num irresistível concubinato. A vida faz-se de paixões, e estas são algumas das paixões das nossas vidas.

Reservas

horário

Segunda: 19:30h/23h
Terça 12:30h/15h — 19:30h/23h
Quarta 12:30/15h — 19:30h/23h
Quinta 12:30/15h — 19:30h/23h
Sexta 12:30/15h — 19:30h/24h
Sábado 12:30/15h — 19:30/24h

Contactos

+351 936 712 384

R. Miguel Bombarda, nº273-282
Porto, Portugal

Saiba mais em:

www.oficinaporto.com

www.marcogomes.pt