Diante da alta da inflação de alimentos que atinge diretamente a popularidade do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ontem pela manhã que o Executivo estuda um “conjunto de intervenções” para baixar os preços. Costa citou a intenção de adotar medidas apresentadas pelo setor varejista no ano passado ao governo “ainda no primeiro bimestre”.

Após a repercussão das declarações, o ministro voltou atrás na noite de ontem, disse que são apenas medidas em estudo e que não há intenção de fazer intervenção nos preços, em entrevista ao canal CNN Brasil:

— Para não ter ruído de comunicação e para ninguém ficar derivando para outras imaginações, vamos substituir a palavra intervenções por medidas. O que o presidente Lula está orientando, coordenando, é que nós possamos reunir com a sociedade, com os ministros, e colher as sugestões daquelas iniciativas que podem contribuir para maior oferta de alimentos.

As medidas são reivindicações históricas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), maior entidade do setor. Economistas dizem que são ações pontuais com “impacto zero” nos preços.

A alimentação no domicílio subiu 8,23% em 2024, com as carnes aumentando 20%. E as pressões devem continuar. O aumento de preços tem preocupado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobrou na reunião ministerial no início desta semana que os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda apresentem medidas contra a alta que possam mitigar a inflação no segmento.

— Vamos fazer algumas reuniões para buscar um conjunto de intervenções para o barateamento dos alimentos — declarara Costa pela manhã durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da estatal EBC— No final ano passado, o presidente fez uma reunião com a rede de supermercados com a mesma pauta. A rede sugeriu algumas medidas e vamos implementá-las agora no primeiro bimestre.

Fonte: O Globo

A partir do próximo mês de fevereiro, a Microsoft altera o sistema de login nas suas contas. Hoje, quando o utilizador liga a conta é-lhe perguntado se quer manter o login ativo. Depois desta alteração isso vai acontecer sem pedido de confirmação. Ou seja, quando digitar email e password para entrar no Outlook, ou noutro serviço Microsoft a partir do browser, a sessão permanecerá ativa até que a encerre.

Como sublinha o The Verge, a alteração pode ser problemática para quem costuma aceder à sua conta Microsoft a partir de computadores públicos ou de acesso partilhado. Se não tiver o cuidado de desligar a sessão quando terminar, esta ficará ativa e outros utilizadores poderão ter acesso à sua conta de email e a outros serviços.

Para acautelar esquecimentos, uma boa estratégia pode passar por usar uma janela de browser privada quando está a usar um computador que não é usado apenas por si. Assim, quando a sessão for encerrada, é finalizada também qualquer sessão que estivesse ativa.

Se não o fizer e se esquecer mesmo da sessão aberta num PC público, tem sempre a possibilidade de fechar a sessão mais tarde, remotamente, usando a opção de encerrar todas as sessões ativas da conta em diferentes browsers. Isto vale para diferentes equipamentos também, excluídos consolas.

Esta é mais uma opção, mas claro que esta não é a melhor opção, porque entre o momento em que encerra a conta e a altura em que saiu do computador público onde deixou a sessão aberta, alguém pode ter tido acesso aos dados que ficaram acessíveis a olhares indiscretos

Já este ano, a Microsoft disponibilizou a possibilidade de criar passkeys para as suas contas, um sistema mais simples e mais seguro de autenticação. Permite diferentes formas de desbloquear as contas, desde o reconhecimento facial através do Windows Hello, sistema biométrico de impressões digitais ou um PIN, conforme os formatos suportados pelo equipamento.

Fonte: Sapo.pt

Portugal defendeu e aprovou uso livre da inteligência artificial pelas forças de segurança
Portugal esteve ao lado da França e da Hungria para garantir excepções ao regulamento da inteligência artificial. As forças de segurança “não devem ser impedidas de desempenhar as suas funções”

Dentro de menos de um mês, a partir de 2 de Fevereiro, os governos de toda a UE terão o poder de utilizar tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) que permitem seguir os cidadãos em espaços públicos, efectuar vigilância em tempo real para monitorizar os refugiados nas zonas fronteiriças e utilizar ferramentas de reconhecimento facial sobre pessoas suspeitas, com base nas suas opções políticas ou crenças religiosas.

A comissão parlamentar de Economia aprovou esta quarta-feira as audições do ministro das Infraestruturas, ANA, Mota-Engil, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), regulador da aviação e Zero sobre necessidade de avaliação de impacto ambiental para obras no aeroporto da Portela.

Os deputados daquela comissão aprovaram por unanimidade o requerimento do grupo parlamentar do Chega, para audição do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, do presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, bem como do diretor da Vinci para Portugal e Brasil, Thierry Ligonnière.

Vão também ser chamados para esclarecimentos o presidente da Mota-Engil, Carlos Mota Santos, o presidente do Conselho Diretivo da APA, José Pimenta Machado, a presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Ana Vieira da Mata, e o responsável da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável Acácio Pires.

Segundo o deputado Filipe Melo, do Chega, o objetivo é perceber “se efetivamente é necessário e obrigatório fazer nova avaliação de impacto ambiental [AIA] e, se for o caso, passando pela APA, teremos aqui um processo muito mais demorado e que vai atrasar muito mais uma infraestrutura que é de especial relevo e importância para o país”.

Jornal de Negócios avançou, em 9 de janeiro, que o Ministério Público entregou uma ação de impugnação no Supremo Tribunal Administrativo que pode levar à suspensão das obras que tinham arrancado em dezembro de 2024. Esta ação não suspende as obras no imediato, mas poderá levar a atrasos caso a APA tenha de realizar o estudo de impacto ambiental (AIA).

Na base do processo está a interpretação do Ministério Público sobre a necessidade da realização de um AIA na primeira fase dos trabalhos de melhoria da Portela que prevê, por exemplo, a expansão do terminal 1 e a criação de uma placa de estacionamento de aviões. O Ministério Público sustenta ainda a necessidade de um estudo já nesta fase uma vez que desde 2006 nenhum projeto na Portela foi sujeito a uma avaliação ambiental.

Por sua vez, a APA defende que não seria necessária uma avaliação ambiental nesta fase, uma vez que não iria alterar o aumento da capacidade da infraestrutura, prevendo realizar um estudo apenas para o aumento da capacidade de voos. No mesmo dia, o Governo anunciou que iria apresentar uma contestação à ação administrativa avançada pelo Ministério Público.

A concessionária, e as outras entidades notificadas, entre as quais APA, NAV – Portugal, vários ministérios e a ANAC, têm 30 dias (a contar da data da notificação) para apresentar contestação. As obras no aeroporto Humberto Delgado, adjudicadas ao consórcio da Mota-Engil e da Vinci, preveem um investimento de mais de 233 milhões de euros e visam mitigar o atual congestionamento da infraestrutura até ao arranque do novo aeroporto Luís de Camões, em Alcochete.

Na reunião de hoje, a comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação fez ainda um ponto de situação das respostas do ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, sobre privatização da ANA Aeroportos, em 2012, antes de fazer parte do Governo. O presidente da comissão, o social-democrata Miguel Santos, indicou que, após pedido de João Galamba para que lhe fossem enviadas perguntas por escrito, as respostas, que se tinha comprometido a enviar até à segunda semana de dezembro, ainda não chegaram.

Estamos num ponto em que não vejo fim à vista, em termos de cumprir o objetivo da comissão, que era obter respostas e em termos do doutor João Galamba cumprir aquilo com que se comprometeu connosco, que era enviar respostas. Não sei o que fazer mais, […] os mecanismos estão esgotados, que eu conheça, e não vejo que outra atitude se pode adotar”, afirmou Miguel Santos.

O presidente salientou que, enquanto ex-governante, João Galamba não é obrigado a apresentar-se à comissão para esclarecimentos, conforme atesta o parecer pedido à comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. O deputado Filipe Melo propôs que o caso seja levado ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, por considerar que João Galamba “está a brincar com esta comissão, com estes deputados e com este parlamento”.

Miguel Santos informou que a questão será colocada na próxima reunião de presidentes de comissão, que acontecerá em breve, para tentar consensualizar um procedimento a adotar não só neste caso em particular, mas também em futuras situações semelhantes que possam acontecer.

Fonte: Sapo.pt

No último dia 21 de janeiro, ocorreu uma importante reunião na Secretaria de Estado do Turismo do Rio de Janeiro, com a participação de:

• Sérgio Ricardo de Almeida, Presidente da TurisRio
• Ana Cazelato, Diretora de Marketing da TurisRio
• Arthur Bastos, Assessor de Promoção Institucional
• António Montenegro Fiúza e Manuel Domingues, representantes da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro

Estamos juntos construindo o futuro!

E não se assustem: o vinho verde, não é verde. Ele é assim chamado por algumas razões. A primeira, menos significativa, seria uma coerência  cromática, porque o manto que cobre esse vasto território do noroeste de Portugal, descendo pelas serras, cobrindo os vales e que se estende até o mar, de Melgaço ao Vale de Cambra, e subindo até o velho Minho é verde, “verde te quero verde”, como no poema do Garcia Lorca. Mas, hoje, além de verde, o Minho acrescentou à paisagem centenária as turbinas eólicas capturando o vento e se insere no mapa mundial da inovação e da energia limpa.

As turbinas eólicas do Minho e a cachoupa vestida em trajes típicos

Segunda razão e a principal. ”Vinho Verde” é uma denominação de origem que foi criada em 1908, pelo governo português, para identificar os vinhos jovens produzidos naquela região. Hoje eles são certificados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que lhes outorga o selo de Denominação de Origem Protegida (DOP), ou seja, quando a reputação da região na elaboração do produto acrescenta valor ao território.

Finalmente, a pergunta: mas, afinal, qual a diferença entre um vinho verde e um vinho branco “normal”? Resposta: o “terroir”, que como sabemos, é o conjunto de fatores como o clima, a composição do solo, a altitude do terreno e a umidade do ambiente que vão definir o mapa genético das parreiras ali cultivadas há incontáveis gerações de agricultores. Ou, em termos práticos, ali nascem uvas ricas em ácidos, e pobres em açúcar. Assim, a fermentação NÃO TERMINA com a vinificação, como é o normal na maioria dos vinhos, e continua dentro da garrafa, mais ou menos como a dupla fermentação que ocorre pelo método “champenoise”, utilizado na elaboração dos champagnes. E o gás carbônico, fruto dessa fermentação maleolática, é que produz na boca esse agulhamento que lembra “a picada” dos espumantes.

Casal Garcia, o embaixador dos vinhos verdes no Brasil

O verde branco é um vinho sempre moço, fresco, vibrante, com notas minerais. Serve como aperitivo, com azeitonas ou tremoços e acompanha bem frutos do mar, peixes (preparados ou crus), mariscos, ostras. E vou mais longe: no verão, eu vou de vinho branco com boa acidez, como os “verdes”, para escoltar picanha de suíno e carnes menos molhadas. Ou também para enxugar gorduras. Eu, por exemplo, harmonizo feijoada com vinho verde, ou com Sauvingon Blanc. E quem torcer o nariz, sugiro que reze uma oração para Santo Eustáquio… 

Por Reinaldo Paes Barreto