O PLP 108/2024 vem com a justificativa de buscar uniformizar a legislação tributária dos estados em relação ao ITCMD, trazendo “maior clareza” e “previsibilidade” tanto para os contribuintes quanto para a administração tributária.

Uma das principais alterações é a introdução da progressividade das alíquotas do ITCMD, o que já é adotado em alguns Estados (como Rio de Janeiro) semelhante ao que ocorre com o Imposto de Renda e com impostos como IPTU e ITR. Com essa medida, o imposto em alguns dos Estados deixa de ter uma alíquota fixa e passa a ter diferentes faixas de tributação, aumentando conforme o valor da herança ou doação.

As novas regras exigem uma avaliação detalhada e precisa do valor de mercado dos bens e direitos transmitidos, impactando diretamente o montante do imposto a ser recolhido. A introdução da progressividade das alíquotas e a mudança no local de cobrança do imposto também são medidas que devem ser avaliadas para fins de planejamento.

Um planejamento patrimonial e sucessório bem estruturado, realizado o quanto antes, será fundamental para minimizar os efeitos tributários dessas alterações e garantir uma gestão eficiente dos investimentos e patrimônios.

As propostas do PLP 108 ainda estão sujeitas a discussões e possíveis alterações. Portanto, manter-se informado e preparado é crucial para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos associados às novas regras tributárias.

Cobertura especial da TV Max direto do Palácio de São Clemente no grande evento “Web Summit”. Um encontro de inovação, tecnologia e grandes conexões. Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do RJ: construindo o futuro, hoje!

Link do programa Completo – https://youtu.be/38KT_rdycQI

A convite especial, o Diretor da Câmara Portuguesa de Comércio, Indústria e do RJ, (CPCIRJ) participou hoje da SIM Conference, realizada na cidade do Porto. Na foto com António Dias Martins e Pedro Sacramento, da Startup Portugal — parceira estratégica da CPCIRJ no fomento ao ecossistema de inovação e empreendedorismo entre Brasil e Portugal.

Assim Lúcia(*), uma dos três “pastorinhas” portugueses que viram N. Sra. de Fátima em Treze de Maio de 1917, descreveu a cena que se passou na Cova da Iria, perto de Lisboa. Nesse dia estavam só ela e os seus dois irmãos: Francisco e Jacinta. E esta Senhora surgiu no cimo de uma azinheira (árvore forte e alta como o carvalho) e pediu com insistência que orassem pela humanidade que estava em perigo, como agora, como tantas vezes.

Irmã Lúcia

N. Sra. de Fátima é poderosíssima, pois conta com cerca de 260 milhões de devotos não só entre os povos que falam português, mas também na Espanha, na Itália, na Alemanha. No Brasil, por exemplo, há várias igrejas dedicadas a ela, segundo que a mais emblemática, talvez, seja “a igrejinha” de Brasília, pela singularidade da sua construção (**).

(*) A “ingrejinha”, assim batizada pela legião de candangos que ajudaram a construir a capital do Brasil, foi erguida em 1958, na Asa Sul, por D. Sarah Kubitscheck, em agradecimento à promessa feita pela cura de sua filha Márcia, que sofria severas dores de coluna a ponto de não poder andar. O projeto, muito bonito, é de Oscar Niemayer, que embora ateu convicto, se inspirou no modelo “corneta” do chapéu das freiras “Filhas da Caridade”, congregação fundada por São Vicente de Paulo, em meados do século XVII. E, no Rio de Janeiro, temos o Santuário de N.Sra.de Fátima, no Recreio dos Bandeirantes.

A capelinha e o casal Kubitscheck na inauguração

Mas além dos mistérios que só a fé justifica, qual seria a conexão com a mensagem de N. Sra. de Fátima em 1917 e o  mundo em que vivemos me 2025 Bom, a mensagem central que ela transmitiu nas suas cinco aparições foi a conversão. Um chamado à mudança de vida. E ao respeito aos diferentes. E se juntarmos então a mensagem subjacente chegaremos perto do que o novo Papa Leão XIV expressou na Praça do Vaticano: “o pecado não é apenas pessoal ferindo os sete pecados capitais. A destruição ambiental, por exemplo, pode ser interpretada como resultado da ganância e do consumismo, ambos indiferentes ao bem comum que é a Terra e o seu entorno ambiental.” E numa interpretação livre: no mundo da tecnologia totalizante, falamos muito em inovação, conectividade e soluções inteligentes. Mas poucas conexões são mais profundas do que o amor e a misericórisa. Estes sim são redes de apoio da inteligência emocional.

 (*) Lúcia assim que atingiu a maioridade entrou para um convento e foi o resto da vida uma freira, carmelita descalça).

N.Sra.de Fátima é, como todas as “nossas senhoras”, a representação de Maria, só que identificada com o local (o idioma!) e a comunidade aonde fez aparições. A peculiaridade é que Fátima foi a sua última aparição para os humanos, até hoje, segundo a Igreja Católica de Roma.

(**) Segundo o Instituto Camões, o português é a quarta língua mais falada no mundo, atrás apenas do mandarim, do inglês e do espanhol.

Por Reinaldo Paes Barreto

Treze de maio é o Dia Mundial do Coquetel. E esse nome por si se explica, porque deriva de “cock tail”. Literalmente “rabo de galo”, pelo colorido das misturas. E essa profusão de cores também se explica, porque embora ele tenha surgido no século XIX, o sua difusão veio com a Lei Seca nos EUA, nas décadas 1920-30, como uma fórmula para, de um lado amenizar o terrível gosto das bebidas produzidas ilegalmente com álcool fabricado em garagens e, do outro, disfarçar os eventuais flagrantes dos fiscais, pois pareciam inocentes sucos ou infusões. E o mais interessante (nenhuma surpresa) que passou a ser apreciado por homens e mulheres

Mulher bebendo um cocktail

Mas o coquetel começou como uma bebida quase que exclusivamente preparada em bares, donde a importância de um barman, ou bartender, e designa um drinque que combina duas ou mais bebidas, sendo pelo menos uma alcoólica e à qual deve ser adicionados gelo, frutas ou ervas (aipo, hortelã), creme de leite, açúcar, etc. Ou seja, e como afirma Derivan Ferreira de Souza, no seu livro Drinks de Mestre,  é a comprovação do que – talvez por acaso – algum longínquo ancestral nosso descobriu que a fermentação de todo fruto(a) muda o seu sabor e a sua essência.

E ainda hoje, mesmo reconhecendo que alguns amadores são bons no preparo doméstico, coquetel  “é a cara de bar”.

Agora vejamos três dos mais iconônicos coquetéis entre os 62 consagrados pela InternationalBartendersAssociation (IBA). Começando pelo melhor “case” do despista acima mencionado.

Bloody Mary – leva vodka, suco de tomate, suco de limão, sal, molho inglês, tabasco, pimenta em pó e um talo de aipo à cavaleiro.

Bloody Mary

Dry Martini – Segue-se o mais emblemático, cinematográfico, com repertório imenso de histórias (e anterior à Lei Seca) coquetel da história. (Até hoje o coquetel mais famoso do

mundo ocidental).

Dry Martini

Ingredientes

2 partes London dry gim
1 dose de vermute seco francês
1 fatia de casca de limão/uma azeitona

Taça: de martini

Submersos: azeitona e casca do limão

Modo de preparar

Misturar os ingredientes na coqueteleira, com muito gelo. Usar uma colher de cabo longo (nunca sacudir).
Coar e derramar na taça apropriada sem o gelo.
Colocar uma azeitona. Obs.: azeitona verde não pode ser conservada em óleo nem recheada. E a casca de limão.

Obs: existem mais de 30 versões, inclusive a célebre do James Bond que entrava exigia vodca no lugar do gim.

Horse`sNeck –  Outro colosso das antigas – é o preferido da minha mulher – assim chamado porque a casca da laranja cortada em espiral realmente lembra o pescoço de um cavalo.

Horse`sNeck

Ingredientes
2/10 de brandy
– 8/10 de ginger ale
– 1 dose de Angusturabitter (opcional)
– casca de limão ou laranja
– 1 cereja.

Modo de preparar:
Descasque um limão ou laranja em forma de espiral.
Coloque uma das extremidades da espiral sobre a borda de um copo long drink, de modo que o resto da casca desça, enrolada, dentro do copo.
Monte o drinque colocando gelo quebrado no copo, depois o brandy (Jack Daniels) e o ginger ale.
Decore com uma cereja e sirva com um canudo.

Há outros, tantos, como o Negroni, Gin Fizz, Bellini, Daiquiri (das antigas), KirRoyale, Negroni (provei uma versão verde-e-amarela, com cachaça no lugar do gim: gostei!) e por falar em Brasil, a caipirinha…

Regras de Ouro

Seja qual for o coquetel há três regras sagradas: 1) não adicionar mais do que quatro elementos: um destilado como base, um licor ou bitter, uma água gaseificada ou gelo e um suco (ou casca) de fruta; 2) os equipamentos devem ser mantidos em condições de higiene absoluta; 3) os copos adequados.

Obs: um copo sujo destrói qualquer mistura.

Eu acrescentaria uma quarta “lei”: coquetel não é para acompanhar refeição. É para ser apreciado em cadeira alta de bar, com algum salgadinho ligeiro. 

E mais de três doses é porre!

Finalmente, a explicação do título. Um querido amigo e embaixador, Sizínio Pontes Nogueira, já falecido, bom de copo e de papo, dizia: “a gente entra para o Itamaraty com a missão de dar “the life for the Country”. Mas é obrigado a ir a tantos coquetéis que o perigo é ter que dar “the liver for de Country”…

Por Reinaldo Paes Barreto