O Brasil recebeu, em 2023, um número de turistas internacionais nos mesmos patamares do período pré-pandemia de Covid-19. No acumulado dos 12 meses, o país registrou a entrada de exatos 5.908.341 visitantes do exterior. O número é 3% superior à estimativa da Organização Mundial do Turismo (OMT) para o Brasil, e 62,7% maior que o acumulado de 2022, quando o país recebeu 3,6 milhões de turistas. Em 2019, foram 6,3 milhões de estrangeiros. Os dados são resultado de uma parceria entre Embratur, Ministério do Turismo (MTur) e Polícia Federal (PF).
A Argentina segue sendo o principal país emissor de turistas para o Brasil, com 1,9 milhões de visitantes (32% do total) – o equivalente a 96% do total de 2019. Em seguida estão Estados Unidos com 668,5 mil (11%), Chile com 458,5 mil (7,7%), Paraguai com 424,5 mil (7,1%) e Uruguai, com 334,7 mil (5,6%).
A França é o principal país emissor da Europa e aparece na sexta posição, com 187,5 mil turistas (3,1%), seguido de Portugal, com 158,5 mil (3%). Alemanha com 158,5 mil (2,6%), Reino Unido com 130,2 mil (2,2%) e Itália com 129,4 mil (2,2%) completam o Top 10.
Em 2023, a chegada de chilenos foi recorde, a maior da série histórica, o que recolocou o país na terceira colocação entre os principais emissores, desbancando o Paraguai e retomando a posição que ocupava até 2018. No entanto, a chegada de paraguaios também cresceu e alcançou o melhor resultado desde 1999, quando o número de turistas do país foi de 501 mil.
MAIS DADOS – Os 5,9 milhões de turistas internacionais de 2023 correspondem a 93% das entradas do último ano antes da pandemia. Em relação ao mês de dezembro, o número de turistas internacionais que entraram no Brasil foi de 621.171. O registro é 17,4% maior que o de dezembro de 2022, que foi de 529.038. Nesse caso, a marca corresponde a 95,2% dos dados de 2019, quando o número de visitantes do exterior no País ficou em 652.099.
Os estados que registraram a maior entrada de turistas foram São Paulo, com 2.107.179, Rio de Janeiro, com 1.192.814, Rio Grande do Sul, com 1.000.909, Paraná, com 791.536, e Santa Catarina, com 288.429. A principal via de acesso foi aérea, com 3.794.260 de entradas, seguida pela terrestre, com 1.923.243.
De janeiro a novembro, entraram na economia brasileira como o turismo internacional R$31 bilhões, números superiores aos patamares pré-pandemia. Só em novembro foram R$3 bilhões, valor 13,3% maior do que o ano de 2011, até então o melhor da série histórica (desde 1995). O consolidado de 2023, com o mês de dezembro, será publicado pelo Banco Central nas próximas semanas.
Para Marcelo Freixo, o trabalho técnico desenvolvido pela Embratur na promoção internacional do turismo brasileiro foi o que permitiu o aumento de 62,7% na chegada de turistas em apenas um ano.
“Estamos muito perto de alcançar os números pré-pandemia e com o conjunto de ações e programas que o Ministério do Turismo vem estabelecendo no campo da estruturação e da promoção dos destinos vamos superar, em 2024, o número de turistas internacionais em 2019. Mais importante ainda é aumentar o ticket médio e valor total deixado por estrangeiros em nosso país e é com esse foco que estamos trabalhando”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou o resultado. “Esse resultado significa geração de emprego e renda por todo o país, numa atividade econômica que só faz bem ao Brasil”, disse.
Segurança
Segundo divulgou a pasta, ainda, o Brasil foi considerado o 15º país mais seguro para viajantes, segundo o relatório “Safest Destinations”, elaborado pela seguradora Berkshire Hathaway Travel Protection. A sondagem avalia os destinos mais seguros para turistas com base em entrevistas realizadas com pessoas que estiveram visitando os países nos últimos cinco anos.
Em sua nona edição, o relatório avalia, anualmente, os destinos que mais transmitem sensação de segurança a seus visitantes e turistas, considerando riscos de terrorismo, emergências climáticas, estrutura e situação de saúde, além da segurança de mulheres, minorias e pessoas LGBTQIA+.
A última edição do relatório, de setembro de 2023, revela que o Brasil ocupa atualmente a 15ª posição, um salto de 27 posições se comparado a 2022, quando ocupava o 42º lugar. Com a mudança, o Brasil agora ocupa a primeira posição entre os países mais seguros para viajantes na América Latina e é o segundo colocado nas Américas, atrás apenas do Canadá – à frente de países como Estados Unidos e México.
A lista dos 15 países mais bem avaliados é composta por Canadá, Suíça, Noruega, Irlanda, Países Baixos, Reino Unido, Portugal, Dinamarca, Islândia, Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Espanha e Brasil.