Para celebrar os 500 anos do nascimento de Luis de Camões, a Fundação Biblioteca Nacional (com sede no Rio de Janeiro) e a Embaixada de Portugal organizam a exposição “A língua que se escreve sobre o mar”, em colaboração com o associado Pinheiro Neto Advogados e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que contou entre outros com a presença da Cônsul Geral de Portugal, Embaixadora Gabriela Soares de Albergaria, do Embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos, Alexandra Pinho, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e de Ricardo Vieira Coelho da Pinheiro Neto Advogados.
Na foto: Creuza Coelho, Vice-Presidente da CPCIRJ, Beth Goulart, Idalina Gonçalves, José Matos , Diretor Financeiro da CPCIRJ e de Rosana Lanzelotte.

Dia 30 de julho (de 1906) deveria ser feriado nacional: é a data em que nasceu no Alegrete, RGS, o poeta da singeleza e do lirismo coloquial, Mário Quintana. Aos 20 anos foi morar em Porto Alegre aonde viveu o resto da vida. Morreu em 1994, aos 87 anos. Tentou entrar três vezes na Academia Brasileia de Letras, e três vezes perdeu a eleição. Na quarta, foi ele que não quis…

POEMINHO DO CONTRA

 Todos estes que aí estão/ atravancando o meu caminho/Eles passarão/Eu passarinho.

Mario Quintana nunca se casou, nunca teve filhos, nunca teve uma casa “pra chamar e sua.” Morou no Hotel Majestic de 1968 a 1980, saiu de forma pouco elegante (por parte do hotel); foi então para o Hotel Presidente, por quatro anos, de lá para Hotel Royal, do jogador Falcão que o convidou para residir lá, sem custos e, finalmente, para  o Porto Alegre Residence Hotel, aonde viveu a última década de sua vida.

DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

Mario Quintana foi muito mais do que (só) poeta: foi jornalista do Correio do Povo, com a sua coluna Caderno H; foi tradutor – traduziu Proust, Virgínia Woolf e Voltaire, dentre outros.

Poema “Se for…”

Se for para esquentar, que seja o sol;
Se for para enganar, que seja o estômago;
Se for para chorar, que seja de alegria;
Se for para mentir, que seja a idade;
Se for para roubar, que se roube um beijo;
Se for para perder, que seja o medo;
Se for para cair, que seja na gandaia;
Se existir guerra, que seja de travesseiros;
Se existir fome, que seja de amor;
Se for para ser feliz, que seja o tempo todo!!

 Mas além de poesia “oficial”, foi um maravilhoso fazedor de frases e pensamentos poético:

– “Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho”

– “E de madrugada, o relógio da sala pergunta para o da cozinha: que horas  são? (Citação livre, não sei se exatamente)

 -“A mentira (às vezes) é uma verdade que se esqueceu de acontecer…

Mario Quintana andava pelas ruas de Porto Alegre “catando poesia”; fumava bastante, bebia idem. Gostava de comida popular, mas também de lagosta. E de frutas.

Escreveu muitos livros, ganhou os Prêmios Machado de Assis e Jabuti.

  • A Rua dos Cataventos (1940)
  • Canções (1945)
  • Sapato Florido (1947)
  • Espelho Mágico (1951)
  • Batalhão das Letras (1948)
  • O Aprendiz de Feiticeiro (1950)
  • Poesias (1962)
  • Pé de Pilão (1968)
  • Quintanares (1976)
  • Esconderijos do Tempo (1980)
  • Nova Antologia Poética (1982)
  • Nariz de Vidro (1984)
  • Baú de Espantos (1986)
  • Preparativos de Viagem (1987)
  • Velório sem Defunto (1990)

O seu poema mais famoso, talvez está no primeiro livro, de 1940:  A Rua dos Cataventos, que começa assim:

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Mario Quintana morreu aos 87 anos, vítima de um AVC mas nos deixou uma esperança de revê-lo: quando a gente morre, o outro mundo é este.

Por Reinaldo Paes Barreto

  

 

 

 

 

A alma e o coração da Essência Company, Nuno Pires tornou Portugal e o Brasil na sua sua tela de trabalho. Num e noutro lado do Atlântico, consolida uma trajetória de sucesso, guiada pela sua visão clara, que marca pela inovação, pela excelência e, acima de tudo, pela vontade de aproximar pessoas e projetos.

Criativo, manifesta a sua capacidade de concretização nas muitas centenas de ações que põe na rua a cada ano e que divulgam a cultura e a identidade dos dois países, tornando-as em plataformas para a criação de negócio e de fomento de networking.

Empreendedor, trabalha o vinho, a gastronomia e o turismo em eventos e através de projetos editoriais onde pontuam as mais antigas revistas especializadas de Portugal e do Brasil: as portuguesas Revista de Vinhos e blue Travel e a brasileira Gula que abriram portas para parcerias com a TAP, a CNN Brasil, a RTP ou a Renascença.

Fazer a diferença faz parte da sua filosofia de trabalho e este foi tiro de partida para a criação de marcas como são as principais experiências do vinho e da gastronomia em Portugal, consubstanciadas em eventos como os Essência do Vinho – Porto, Lisboa e Funchal, o Essência Festival, o TOP 10 Vinhos Portugueses ou o Wine & Travel Week.

A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público para o ano letivo 2024/2025 abre nesta segunda-feira com 54.601 vagas, mais 290 face ao número inicial para o ano letivo anterior, anunciou a tutela.

O concurso é aberto com mais cinco cursos, que totalizam 147 vagas face às que haviam sido anunciadas em abril.

Às vagas do concurso nacional (principal via de acesso ao ensino superior público) acrescem 712 vagas previstas para os concursos locais (destinados, por exemplo, para cursos artísticos do ensino público).

Juntos, o concurso nacional e os concursos locais do regime geral de acesso totalizam 55.313 vagas, adianta o Ministério da Educação, Ciência e Inovação em comunicado.

A apresentação das candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso termina em 05 de agosto, com os resultados a serem divulgados em 25 de agosto.

Para candidatos emigrantes, lusodescendentes ou com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros, o prazo para a submissão das candidaturas termina mais cedo, em 29 de julho.

As matrículas e inscrições dos alunos colocados na primeira fase decorrem entre 26 e 29 de agosto.

As segunda e terceira fases do concurso nacional realizam-se entre 26 de agosto e 30 de setembro.

As candidaturas devem ser apresentadas no sítio na internet da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

O concurso nacional é organizado pela DGES, enquanto os concursos locais são organizados por cada estabelecimento de ensino.

Considerando todas as vias de ingresso (nomeadamente regime geral, regime especial de acesso, concursos especiais, mudança de curso e ensino à distância), o número de vagas disponíveis no ensino superior público no próximo ano letivo ascende a 78.158, de acordo com o ministério.

“Para apoiar o processo de decisão dos estudantes na escolha do seu curso foi atualizado o portal Infocursos (em http://infocursos.pt/), que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores, proporcionando mais informação e contribuindo para apoiar os estudantes nas escolhas de curso no ensino superior no momento da sua candidatura”, assinala o comunicado da tutela.

Os alunos que pretendam ingressar no ensino superior público via concurso nacional de acesso têm duas semanas para se inscrever na plataforma ‘online’ da DGES, sendo necessária uma senha de acesso e a ficha ENES, um documento emitido pela escola com a classificação final do secundário e os resultados nas provas de ingresso.

A senha de candidatura pode ser pedida na escola que o aluno frequentou, num gabinete de acesso ao ensino superior ou então através da internet no sítio da DGES.

Também a ficha ENES contém um código de ativação necessário para a candidatura ‘online’, uma vez que sem este código não é possível avançar com o processo.

Este ano, cerca de 156 mil alunos dos 11.º e 12.º anos realizaram exames nacionais, que ainda só são exigidos para quem pretende candidatar-se ao ensino superior, uma norma transitória que surgiu com a pandemia da covid-19.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, realiza uma visita oficial de três dias a Angola, a maior desde que tomou posse, e será recebido pelo Presidente, João Lourenço, logo após chegar a Luanda, na terça-feira.

A assinatura de acordos bilaterais, um fórum de negócios Angola-Portugal no âmbito da Feira Internacional de Luanda (FILDA) e uma deslocação a Benguela para conhecer, no local, o projeto do Corredor do Lobito são alguns dos destaques do programa provisório da visita, que termina na quinta-feira à noite.

O programa começa com a cerimónia de deposição de uma coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, o primeiro Presidente da República de Angola, seguindo-se o ponto alto do primeiro dia: o encontro com João Lourenço, no Palácio Presidencial, primeiro apenas com Luís Montenegro, e depois entre as comitivas alargadas, que terminarão com intervenções dos dois chefes de Governo e uma conferência de imprensa.

Nessa ocasião, serão assinados vários instrumentos jurídicos, ainda não divulgados.

Em julho do ano passado, na visita do então primeiro-ministro António Costa a Luanda, houve um reforço da linha de crédito Portugal-Angola de 1,5 para dois mil milhões de euros.

Depois de um almoço oferecido ao primeiro-ministro português pelo Presidente da República de Angola, Luís Montenegro visitará a Escola Portuguesa de Luanda. No final de junho, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou uma solução para os 70 professores que se encontravam “em situação de precariedade grave” neste estabelecimento.

Ainda no primeiro dia da visita, o primeiro-ministro irá à Fortaleza de São Miguel, uma fortificação militar do século XVI que passou a museu após a independência de Angola e, entre 2009 e 2013, foi alvo de obras de reabilitação, incluindo o restauro dos painéis de azulejos de origem portuguesa.

A agenda do primeiro dia termina com uma recepção à comunidade portuguesa, num hotel em Luanda, com uma atuação do cantor e compositor angolano Toty Sa’Med (TBC).

O segundo dia será centrado na parte económica, um dos pilares desta deslocação, começando com visitas a duas empresas: a Powergol, com origem em Braga e que opera na área da energia e equipamentos elétricos (com foco na formação de quadros), e a Refriango, empresa angolana líder na produção de bebidas.

À tarde, Luís Montenegro visita na FILDA o pavilhão de Portugal e vários “stands” de empresas portuguesas e angolanas, e encerra o Fórum de Negócios Angola-Portugal, dedicado ao tema do setor agroalimentar.

Neste fórum, discursarão igualmente o ministro da Economia, Pedro Reis, e o ministro para a Coordenação Económica de Angola, José Lima Massano.

O terceiro e último dia da visita, na quinta-feira, será quase todo passado na província de Benguela, na zona oeste de Angola, onde irá conhecer o projeto de desenvolvimento mais emblemático do país, o Corredor do Lobito.

Com financiamento dos Estados Unidos e da União Europeia, o Corredor do Lobito liga as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico e integra como infraestruturas o porto do Lobito, o Terminal Mineiro, o aeroporto de Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela, estendendo a ligação até às áreas de mineração da Copperbelt, na Zâmbia, e Katanga, na República Democrática do Congo, promovendo a exportação mais rápida e competitiva de cobalto, cobre e outros minérios desses países.

O primeiro-ministro começará por se encontrar com o Governador da Província de Benguela, Luís Manuel da Fonseca Nunes, e visitará as futuras instalações do Consulado-Geral, seguindo-se uma deslocação à maior central solar fotovoltaica de Angola, Central Solar do Biópio, e ao porto da cidade do Lobito, antes de chegar aos Caminhos de Ferro de Benguela e à Lobito Atlantic Railway (LAR), o consórcio constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis que tem a concessão por 30 anos.

Luís Montenegro regressa ao final da tarde a Luanda, onde terá honras militares na cerimónia de despedida, no Palácio Presidencial, estando previsto um encontro com a imprensa e um jantar oferecido pelo embaixador de Portugal em Luanda, Francisco Alegre Duarte, antes de voar nessa noite para Lisboa, onde chegará na madrugada de sexta-feira.

Fonte: Mundo Lusíada

Não perder tempo de contribuição previdenciária é uma das preocupações tanto de contribuintes quanto de empresas estrangeiras que contratam mão-de-obra brasileira para atuação no exterior. Por isso, é muito importante realizar o planejamento previdenciário e se atentar às cláusulas do “Acordo de Deslocamento Previdenciário Internacional”, que pode ajudar tanto Pessoas Físicas quanto Pessoas Jurídicas nesses casos.

Um dos atrativos para as empresas multinacionais que contratam colaboradores para trabalhar fora do Brasil é a possibilidade de recolhimento dos seus impostos no próprio país, no caso, impostos sobre a prestação do serviço e o recolhimento da contribuição previdenciária. Profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) são um bom exemplo disso.

Nesse contexto, um Acordo de Deslocamento Previdenciário Internacional traz diversos benefícios para a economia das empresas estrangeiras. Ao permitir que os trabalhadores continuem contribuindo para o sistema de previdência de seu país de origem, por exemplo, a empresa pode reduzir os custos com seguridade social e benefícios previdenciários para seus funcionários deslocados. Além disso, o acordo pode facilitar a mobilidade de mão-de-obra qualificada entre os países signatários, o que pode ser vantajoso para empresas que precisam de talentos específicos em diferentes locais.

“Um Acordo de Deslocamento Previdenciário Internacional é um acordo entre dois países que regula a situação previdenciária de trabalhadores que são deslocados de um país para o outro. Isso significa que, quando um trabalhador é enviado para trabalhar em um país estrangeiro, ele pode continuar contribuindo para o sistema de previdência social de seu país de origem ou vice-versa, dependendo do que foi estipulado no acordo”, explica a dra. Ana Luiza Tangerino Francisconi, advogada especialista em Direito Previdenciário e Seguridade Social Brasileira, bem como nos acordos internacionais do Brasil..

O acordo também garante os direitos de seguridade social previstos nas legislações de ambos os países aos respectivos trabalhadores e seus dependentes legais, residentes ou em trânsito no país.

“O Brasil já possui acordos internacionais multilaterais com os países integrantes do Mercosul, da Convenção Iberoamericana e da Convenção Multilateral de Segurança Social da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além disso, firmou acordos bilaterais com diversos países (Alemanha, Bélgica, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, Israel, Japão, Luxemburgo, Moçambique, Portugal e Suíça) e está em negociação com outros mais”, completa a Dra. Ana Luiza.

O número de brasileiros trabalhando fora do país já alcançou a marca de 4,5 milhões de cidadãos, um número maior que o da população do Estado da Paraíba, segundo levantamento realizado pelo Ministério das Relações Exteriores. Outro dado importante é que entre junho de 2022 e 2023 dobrou o número de profissionais brasileiros contratados para trabalho remoto no exterior, segundo levantamento realizado pela plataforma Deel. Isso representa um crescimento de 97% de contratação de mão-de-obra nacional para trabalhar no estrangeiro.

Planejamento previdenciário

Independentemente dos benefícios previdenciários, é fundamental o contribuinte planejar e investir para garantir uma aposentadoria futura mais confortável. Para isso, fazer o planejamento previdenciário é fundamental.

Segundo a Dra. Ana Luiza, é importante ter em mente que a situação de cada contribuinte pode ser diferente e que o planejamento previdenciário deve ser adaptado às necessidades e objetivos individuais. Portanto, consultar um especialista em previdência é fundamental para garantir uma abordagem adequada e personalizada para as especificidades de cada caso.

“Cada indivíduo tem realidades diferentes quando falamos em aposentadoria Por isso, é muito importante buscar orientação de um especialista em previdência internacional para orientá-lo na hora de traçar o caminho a ser seguido. Um advogado especializado em acordo internacional e planejamento previdenciário para expatriados brasileiros poderá oferecer orientação personalizada e ajudar a tomar as melhores decisões para o futuro financeiro da pessoa em época de se aposentar”, comenta a advogada, do escritório Advocacia Ana Luiza Tangerino Francisconi, de São Paulo, que atua em Aposentadoria Especial, Aposentadoria por Invalidez e Planejamentos Previdenciários.