No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Palácio de São Clemente, no Rio de Janeiro, foi palco de uma celebração especial, com a participação ativa da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do RJ.

Na imagem, a Cônsul-Geral de Portugal no RJ, Embaixadora Gabriela Soares de Albergaria, ao lado do Senador Bernardo Cabral, reforçando os laços históricos, culturais e diplomáticos que unem Portugal e o Brasil.

12 de junho é Dia dos Namorados, no Brasil, e circula nas redes que um robô-sommelier se apaixonou pela Alexa, a assistente virtual da Amazon. E lhe envia bytes diários, sentimentais, às vezes até eróticos – mas, cauteloso, sempre utilizando “firewall”.

Bot Handy o robô-sommelier  

O ciber romance começou em Chicago, em janeiro de 2024, quando se reuniram em Las Vegas os gigantes da tecnologia de ponta para a CES 2024, a maior feira de eletrônicos de consumo (“Consumer Eletronics Show”) do planeta. E lá, a coreana Samsung apresentou “aos humanos” o Bot Handy, um robô que serve vinho em taça e utiliza a IA para gravar o rosto e o gosto dos clientes, e dispensá-los de repetir o pedido da vez seguinte. Bot, aliás, como possui um braço com articulações faz o serviço completo: limpa pratos, talheres e copos.

Alexa em personificação do Char GPT

Pois bem, no fim da feira, Alexa, brilhando mais que uma lâmpada LED, e cujo nome é uma homenagem à Biblioteca de Alexandria, foi capturada pelos lúmens do simpático Bot e entrou no campo eletromagnético do coração dele. Através do ChatGPT mandou um recado em “zigbee” para o Bot e ambos entraram em modo de escuta… um do outro.

Moral da história: hoje, via zigbee, o Bot enviou pelo dispositivo LOT uma mensagem para Alexa, com este dado: “de todas as minhas senhas, você é a única que sei de cor”. E a Alexa enviou este bit de resposta: “e você é o meu wi-fi emocional. Quando vejo o teu sinal, tudo se conecta…

Estão nas nuvens, com certeza.

Por Reinaldo Paes Barreto

O cônsul-geral de Portugal em Macau, Alexandre Leitão, defendeu hoje que um maior uso da língua portuguesa seria uma vantagem para a diversificação da economia da região chinesa, altamente dependente dos casinos e do turismo.

Num discurso, o diplomata recordou que o líder chinês Xi Jinping sublinhou em dezembro, na tomada de posse do novo Governo do território, que Macau é “o único local do mundo que tem como línguas oficiais o português e o chinês”.

Uma declaração que “reforçou a esperança numa difusão alargada e no uso generalizado do português na Administração e na sociedade da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]”, disse Leitão.

O cônsul-geral defendeu que tais desígnios “seriam inegavelmente vantajosos para a plataforma importante para a promoção de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”.

O Governo Central chinês criou, em 2003, com sede na cidade, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum de Macau.

“Todos na RAEM estão conscientes do contributo das empresas e dos trabalhadores portugueses para o crescimento e a qualidade dos serviços da economia de Macau”, defendeu Leitão.

O diplomata garantiu que as autoridades do território podem “contar com a comunidade portuguesa para participar ativamente no ambicioso desígnio de diversificação económica de Macau”.

Leitão falava numa receção comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na qual também esteve presente o líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai.

Dirigindo-se diretamente a Sam, o cônsul-geral disse: “Peço-lhe que estime os portugueses. Todos, os de Macau e os que vêm de fora, para contribuir para um futuro de prosperidade partilhada e a realização dos grandes projetos da RAEM”.

Macau não aceita desde agosto de 2023 novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território.

As orientações eliminam uma prática firmada após a transição de Macau, em 1999.

Aos portugueses resta a emissão de um ‘blue card’, autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação.

A única alternativa para garantir o bilhete de identidade de residente passa agora por uma candidatura aos recentes programas de captação de quadros qualificados, admitiu em abril Sam Hou Fai.

O número de pedidos de residência feitos por portugueses e aprovados por Macau caiu de 56 em 2023 para 20 em 2024, após a imposição de restrições, sendo que 65% foram aprovados.

Num discurso em cantonês, Sam Hou Fai — o primeiro líder do Governo da região chinesa que fala português — agradeceu “o inegável contributo” da comunidade portuguesa para “o desenvolvimento económico e social” de Macau.

O objetivo é expandir a sua infraestrutura na Pensilvânia, que se vai concentrar nas tecnologias de ‘cloud’ e inteligência artificial (IA).

Citado em comunicado, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, afirmou que o investimento da empresa naquele Estado, desde 2010, ascendeu a 26.000 milhões de euros.

Shapiro indicou ainda que o novo plano vai permitir criar 1.250 postos de trabalho qualificados em tecnologia, além de vários milhares na construção civil.

O governador adiantou que os dois primeiros ‘campus’ de ‘data centers’ serão construídos em Luzerne e Bucks.

As restantes localizações ainda estão a ser negociadas.

De acordo com relatório sobre as Perspetivas Económicas Globais, hoje divulgado em Washington, Cabo Verde deverá crescer 5,9% este ano, uma revisão em alta de um ponto percentual face às previsões de janeiro, sendo a economia lusófona africana em mais rápido crescimento este ano, e também no próximo, em que deverá registar uma expansão de 5,3% do PIB.

No capítulo sobre a África subsaariana, incluído no relatório sobre a economia global, o Banco Mundial diz que a Guiné-Bissau, com crescimentos de 5,1 e 5,2% neste e no próximo ano, é a segunda economia em mais rápida expansão, mantendo praticamente inalterada a previsão feita em janeiro.

O mesmo acontece com São Tomé e Príncipe, que registará expansões de 3,1% e 4,8% neste e no próximo ano, sofrendo apenas uma ligeira revisão em baixa de 0,2 pontos para este ano, face à estimativa feita no relatório anterior, de janeiro.

Angola, a maior economia lusófona africana, vai abrandar significativamente o crescimento este ano, passando de 4,4%, em 2024, para 2,7% este ano, o que representa uma queda de 0,2 pontos face à previsão do ano passado.

Moçambique é o país onde a revisão foi mais forte, um ponto percentual abaixo da estimativa de janeiro, o que faz com que este país deva crescer apenas 3%.

A Guiné Equatorial, apesar da forte revisão em alta, de 1,3 pontos, mantém-se em recessão, devendo registar um crescimento negativo de 3,1% este ano, e crescendo depois 0,6 no próximo ano.

A nível regional, o Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento da África subsaariana este ano, antecipando agora uma expansão de 3,7% do PIB, que compara com os 4,2% que estimava em janeiro.

“O crescimento deste ano e do próximo deverá ser mais fraco do que anteriormente previsto, devido à deterioração do ambiente externo e a ventos contrários internos”, lê-se no relatório.

No documento, o Banco Mundial aponta que o abrandamento no crescimento africano, que ainda assim fica acima dos 3,5% registados no ano passado, deve-se à “elevada dívida pública, taxas de juro ainda altas e ao aumento dos custos de servir a dívida, que encurtaram o espaço de manobra orçamental, levando a esforços de consolidação orçamental em muitos países, especialmente porque as necessidades de financiamento continuam elevadas devido aos cortes na financiamento do desenvolvimento”.

A nível global, o Banco Mundial prevê um crescimento de 2,3% este ano, o ritmo mais baixo desde 2008, descontando os anos de recessão.

Este ritmo significa que, em termos de padrões de vida, a região da África subsaariana atrasa-se ainda mais face aos outros mercados emergentes e economias em desenvolvimento, excluindo a China e a Índia”, lê-se no relatório do Banco Mundial sobre as Perspetivas Económicas Globais, hoje divulgado em Washington.

No documento, os economistas apontam que o aumento do rendimento ‘per capita’, isto é, o crescimento económico dividido por cada cidadão, “vai continuar desadequado para reduzir a extrema pobreza de forma significativa na região, que alberga a maior parte dos pobres do mundo”.

Salientando a distribuição desigual do aumento da riqueza de cada cidadão, o Banco Mundial escreve que “em 2027, o rendimento ‘per capita’ em mais de um quarto das economias da região não terá sequer recuperado para o nível anterior à pandemia” e alerta que “aumentar os rendimentos e reduzir a pobreza deverá continuar uma tarefa difícil, já que o desafio laboral vai intensificar-se nos próximos anos” devido ao grande número de jovens que chegam ao mercado de trabalho.

O aumento da população jovem que chega à idade laboral deverá aumentar rapidamente nos próximos cinco anos e quase duplicar entre 2025 e 2050, representando o maior aumento absoluto que qualquer região registou em apenas 25 anos, acrescenta-se no documento, em que se alerta que, “sem políticas de reforço do crescimento e contra os tradicionais gargalos estruturais, é improvável que as economias da África subsaariana consigam gerar o crescimento de emprego necessário para acompanhar esta expansão sem precedentes da população em idade laboral”.

Fonte: Noticias ao minuto