Primeiro-ministro anunciou que o próximo Conselho de Ministros vai impor obras no aeroporto Humberto Delgado

É uma discussão que leva 50 anos e esta terça-feira (5 de dezembro) marca  “um momento importante e relevante de maturidade democrática”, num tema “mais discutido do que alguns campeonatos nacionais”. Palavras do primeiro-ministro, António Costa, que marcou presença, esta tarde, na sessão de apresentação do relatório preliminar da Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação de vários cenários para a localização do futuro aeroporto de Lisboa
 
Admitindo que o “país está cansado de 50 anos de discussão sobre este tema”, o líder do Executivo sublinhou a importância de dois consensos já formados em torno da questão do novo aeroporto de Lisboa. O primeiro é a “urgência de responder” ao esgotamento da capacidade do aeroporto Humberto Delgado. O segundo a constatação de que não haverá uma decisão unânime quanto à localização de uma nova infraestrutura aeroportuária: “Dificilmente qualquer das soluções terá mais de 20% de apoiantes, o que significa que terá 80% de opositores”.
 
O que torna particularmente relevante a metodologia escolhida para uma avaliação que visa sustentar uma futura decisão política. “Era importante definir uma metodologia que desse conforto a todos”, sublinhou António Costa, deixando uma palavra de agradecimento ao líder do PSD pela forma como foi acordada a constituição desta CTI. Uma comissão que conta com  especialistas em várias áreas escolhidos de forma totalmente independente, vincou o primeiro-ministro, acrescentando que caberá agora ao decisor político – o Governo que sair das próximas eleições de 10 de março – fazer a ponderação entre os vários fatores críticos analisados, além de outros fatores que não os técnicos.  
 
A CTI considerou oito opções, analisadas à luz de cinco fatores críticos – segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde pública e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; e investimento público e modelo de financiamento. E concluiu que a “solução com mais vantagem” passa por manter o aeroporto da Portela, em simultâneo com Alcochete, até que estejam criadas condições para que Alcochete funcione como aeroporto único, com um mínimo de “duas pistas”.
 
Outra solução considerada “viável” passa igualmente por manter a Portela, com um novo aeroporto em Vendas Novas, também até que estre último reúna as infraestruturas necessárias para ser aeroporto único. 
 
Conhecido o relatório preliminar da CTI, o documento entra esta quarta-feira (6 de dezembro) em consulta pública, até 19 de janeiro, após o que será elaborado o relatório final. 
 
 

Obras imediatas no aeroporto Humberto Delgado

 
No discurso de encerramento da sessão de apresentação do relatório da CTI, que decorreu no  Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, o primeiro-ministro anunciou que no próximo Conselho de Ministros – que decorrerá quinta-feira, no Porto – aprovará uma resolução que imporá  à ANA (Aeroportos de Portugal) que avance de imediato com as obras que estão em falta no aeroporto Humberto Delgado, nomeadamente a remodelação e ampliação do Terminal 1. 
 
“A resolução a aprovar em Conselho de Ministro vai impor à ANA a execução imediata das obras em falta, de acordo com a avaliação que o regulador fez em matéria de obrigações conjuntas de desenvolvimento”, afirmou António Costa, acrescentando que a mesma Resolução determinará igualmente que “deverão avançar as obras para a ampliação do terminal 1, entre outras obrigações que serão descriminadas”.
 
“Relativamente à NAV, promove-se a determinação para que se proceda ao ajustamento do sistema de navegação aérea, designadamente quanto ao sistema de sequenciação de voos, tendo em vista a possibilidade de otimizar a capacidade do aeroporto”, especificou  ainda.
 
O relatório preliminar apresentado pela Comissão Técnica Independente pode ser consultado AQUI
 
 

De acordo com levantamento, alta foi puxada pelos setores de serviços e turismo

A economia fluminense voltou a crescer mais que a do país, apontou uma análise feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ). De acordo com o levantamento, em setembro deste ano, o Estado registrou um aumento de 1,55% em relação a agosto na série livre de efeitos sazonais, enquanto o dado nacional caiu 0,06%. Os dados foram retirados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC). 

Ainda segundo o levantamento, o desempenho foi positivo na comparação interanual, apresentando crescimento de 6,38% frente a setembro de 2022. De acordo com o IFec RJ, o índice no estado acumula variação de 4,76% em 2023, e de 5,14% nos últimos 12 meses, mais que o dobro do observado no país.

As variações positivas foram observadas em quatro atividades: serviços prestados às famílias (19,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (13,7%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,2%) e outros serviços (4,1%).

“O Rio de Janeiro tem se destacado positivamente no setor de serviços, com crescimento de 1,9% em setembro. Assim, espera-se que a atividade econômica se mantenha resiliente nos próximos meses, na comparação com o ano passado, impulsionada pelo crescimento da renda real do trabalhador e das melhores condições no mercado de crédito”, analisa o diretor-executivo do IFec RJ, João Gomes.

Bons resultados no turismo

Ainda no setor de serviços, o Rio de Janeiro vem alcançando bons resultados no Turismo. Segundo o levantamento, o Estado foi o principal contribuinte para o resultado positivo do setor de serviços de turismo em setembro. O índice variou 9,7% se comparado a agosto e 23,2% na comparação interanual. Com isso, o estado acumula alta de 10,9% nos últimos 12 meses e de 11,8% no ano.

“Com o advento das comemorações de final de ano e a chegada das férias escolares, espera-se uma busca maior por serviços de turismo e de transporte das compras realizadas nas promoções para o Natal”, explicou Gomes.

E as expectativas para o setor continuam animadoras. De acordo com a Secretaria Estadual de Turismo, o Estado deve atingir a marca de 1 milhão de turistas internacionais em 2023. Para bater essa marca, o Rio de Janeiro trabalha para atrair pelo menos 303.704 estrangeiros nos meses de novembro e dezembro, quando são aguardados milhares de visitantes para a celebração do réveillon mais famoso do mundo, na Praia de Copacabana.

“Nós investimos muito, este ano, na promoção do Rio de Janeiro como destino no mercado internacional. Recuperamos parte dos voos de importantes companhias aéreas, estivemos nas principais feiras de turismo, como a BTL (Lisboa), a Fitur (Madrid) e a ITB (Berlim), e também promovemos encontros com os trades turísticos de Nova York, Lisboa, Londres, Roma e Milão. Podemos dizer que colocamos novamente o Rio de Janeiro na prateleira do turismo internacional”, avaliou o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca.

De janeiro a outubro, foram 948.563 milhões de chegadas no território fluminense. Somente no mês de outubro, foram 92.918 visitantes, superando o mesmo período em 2019 (90.370). É a primeira vez no ano que o Estado supera o período pré-pandemia na comparação mês a mês. 

O crescimento econômico do Rio também tem se refletido na geração de empregos. De janeiro a outubro de 2023, 141.981 novos postos de trabalho com carteira assinada. Apenas em outubro, foram criadas 18.803 novas vagas – número 7,2% maior que o do mês anterior — consolidando o Rio de Janeiro, no ranking nacional de geração de empregos formais, entre os três estados que mais empregam no país. Esses dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última terça-feira (28), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A análise do Novo Caged, realizada pelo Observatório do Trabalho da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda, apontou que as oito regiões do Estado do Rio de Janeiro apresentaram saldos positivos no mês de outubro, com destaque para a Metropolitana e o Médio Paraíba. Os municípios que mais se destacaram na criação de vagas de trabalho foram o Rio de Janeiro (10.733), Macaé (1.028), Duque de Caxias (998), Itaboraí (491) e Paraíba do Sul, que registrou 385 novos empregos.

 

Fonte: O Dia

 

Enquanto não chega aquele calorão de “derreter catedrais”, como dizia o Nelson Rodrigues (que além de genial dramaturgo, jornalista e escritor era um frasista incomparável), que tal convidar uma meia-dúzia de amigos para uns queijos e vinhos?

Mas salvo se você for um caixa-alta “da moda e da alta roda”, há que tomar algumas providencias para não gastar demais – e fazer bonito. De cara, e logo na entrada – bem à vista dos convivas – coloque uma jarra chamativa com um suco criativo (abacaxi com hortelã, melancia, laranja com couve e gengibre, etc) e/ou um água mineral incrementada, tipo Pedras Salgadas, portuguesa, para evitar que “a moçada” mate a sede da chegada com o seu espumante, ou o seu vinho branco gelado!

A segunda providência é comprar brancos e tintos da mesma marca, para que a turma não goste mais de um … que será o primeiro a acabar, claro, porque a Lei de Murphy existe. E funciona! A grande maioria das casas vinícolas produzem tintos e brancos. Bom, adiante: não vou indicar os tipos de vinhos por marcas, mas sim pelos tipos da uva que mais se adéquam ao nosso clima e época do ano.  Então, vamos lá: dos tintos, os menos tânicos e, portanto, mais leves, são os produzidos com a uva Gamay, com a qual se produz o Beaujolais, mas difícil de achar; na sequência, a Pinot Noir, Carmenère, Bonarda, Grenache e depois vai subindo para o Merlot, Shiraz, por aí. Você encontra “na casas do gênero” todos eles por até 70 reais.

E, dos brancos, a queridinha universal é a Chardonnay, seguida pela Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Viognier, Riesling e eu gosto muito de uma casta argentina. a Torrontès, que produz vinhos aromáticos, frutados — e secos. Aliás, detalhe: não esperem de mim a recomendação de um vinho doce, que os rótulos para disfarçar chamam de suave, porque com exceção daqueles doces naturais, ou seja “botritizados” (*), ou os fortificados, como o Porto e o Madeira, eu acho que o açúcar, como o gelo excessivo, mascara a personalidade do vinho.

Finalmente: se os seus amigos forem moderados, calcule uma garrafa de tinto para cada três pessoas, e uma de branco para cada duas (geladinha, desce melhor). Ou, outra hipótese mais folgada, meia garrafa por pessoa. Mas compre sempre uma reserva generosa, porque vexame – nem pensar! E decore a tábua de queijos com flores, objetos, nozes, uvas, até porque não se esqueça: o vinho e bonito, mas o queijo é feio.

De resto, anime a noite com um papo “pensado”:  a discussão sobre o filme Napoleão, a Inteligência Artificial e/ou alguma curiosidade sobre a escolha dos vinhos, e deixe escapar dicas, do tipo: as temperaturas adequadas para os: brancos é entre 12 a 15 graus, e para os tintos, entre 16 e 20 graus.

Último: capriche, também, na escolha dos queijos e pães. Queijos, vá de Camembert, Brie, Gorgonzola, um holandês ou mesmo Serra da Canastra, curado, e uma bolas de mussarela. E pães, procure torradas e baguetes de lenta fermentação, que são saudáveis e saborosas. Mas não exagere na “sabença”. Hoje quem se interessa especialmente por um assunto, procura as respostas no Google. Cuidado com a enochatice…

Ah, sim, e nada de parlatório e gargalhadas no hall do elevador (os vizinhos estão dormindo…).  Até porque como dizia o Roberto Campos, a diferença do francês para o brasileiro é que o francês sai sem se despedir … e o brasileiro se despede, mas não sai!

Boa sorte!

(*) O fungo “botrytis” (o mesmo utilizado na produção de penicilina) fura a casca das uvas, fazendo com que a água evapore. Daí a fermentação se processa com muito açúcar, resultando em vinhos doces naturais, como o famoso Sauternes, do sul da França, do Tokai, da Hungria, os moscatéis de Portugal, etc.

Por Reinaldo Paes Barreto

Numa época de solidariedade, a Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro e os seus associados afirmam ativamente a Responsabilidade Social que têm perante o mundo e a sociedade carioca. Participe, dando o seu contributo para que a Irmandade de Santo António, instituição de solidariedade centenária, portuguesa, possa levar a cabo a sua importante função.

Local de entrega: Câmara Portuguesa do RJ
Av. Graça Aranha, 1 – 6º andar- Centro

Entregas até a próxima sexta-feira dia 08.12 às 17h.

E-mail para informações: carla.pedroza@camaraportuguesa-rj.com.br

O número, divulgado hoje pela REN – Redes Energéticas Nacionais, está bastante acima dos 67% registados em outubro

A produção de energia de fonte renovável abasteceu 87% da eletricidade consumida em Portugal durante o mês de novembro. As condições favoráveis para as produções hidroelétrica e eólica  explicam esta subida.

De acordo com a REN, empresa gestora do sistema elétrico, coube à energia não renovável apenas 13% do consumo de eletricidade, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a cerca de 2% do consumo nacional.

 

Novembro, um mês positivo

O mês passado foi muito favorável à produção hidroelétrica e eólica,  A primeira registou um índice de produtibilidade de 2,02 (média histórica de 1), o terceiro valor mais elevado dos registos da REN para este mês (registos desde 1971).

Ainda nas hidráulicas, registou-se no dia 5 de novembro um novo máximo histórico na potência entregue à rede, 6.719 Megawatts (MW), acima dos 6.569 MW de janeiro deste ano.

Já na energia eólica, o índice mensal situou-se em 1,04, enquanto na fotovoltaica foi de 0,92.

 

59%  de renováveis desde o início do ano

No período de janeiro a novembro, a REN indica que os índices de produtibilidade associados às energias renováveis “estão próximos dos valores médios”, com o de energia hidráulica a registar 0,98 e os de eólica e solar ambos com 1,01.

“Desde o início do ano até ao final de novembro, a produção renovável abasteceu cerca de 59% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroelétrica com 21%, fotovoltaica com 7% e biomassa com 6%”, detalha.

Quanto à produção a gás natural, abasteceu 20% do consumo e o saldo importador assegurou igualmente 20%.

No mercado de gás natural, mantém-se a tendência de queda, com uma variação homóloga global de -31% em novembro.

Fonte: República Portuguesa

A Carta Compromisso –  Manifesto Mulheres Pelo Clima, assinada hoje, quer colocar as mulheres no centro das políticas climáticas

No dia da igualdade de género da COP28, assinalado esta segunda-feira, 4 de dezembro, Portugal assinou, na pessoa da Secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia, a Carta Compromisso – Manifesto Mulheres Pelo Clima. 

Trata-se de “um compromisso para incluir ativamente as mulheres em todas as fases das políticas ambientais, promovendo a igualdade de oportunidades e fortalecendo o seu papel de liderança na ação climática”, explicou a secretária de Estado. 

“É fundamental reconhecer no desenho e concretização das políticas públicas que as alterações climáticas, a degradação ambiental e as catástrofes naturais afetam desproporcionalmente as mulheres e meninas em zonas vulneráveis”, afirmou Ana Fontoura Gouveia na sua intervenção. “Essas crises amplificam os riscos que enfrentam, incluindo violência, discriminação, e escassez de recursos”, acrescentou. 

Para a Secretária de Estado, é urgente “integrar a perspetiva de género nas políticas e nos programas relacionados com a resposta às alterações climáticas e com a mitigação dos riscos de catástrofes. É crucial abordar estas questões de forma abrangente e eficaz”.

Este manifesto é uma iniciativa da Business as Nature, uma associação sem fins lucrativos que foi criada para responder aos compromissos assumidos pelas partes durante a COP20, no Lima Working Program on Gender. 

A assinatura da Carta Compromisso aconteceu durante o evento Women 4our Climate: From Portuguese Speakers to the World, promovido por esta associação e aberto pelo subsecretário geral das Nações Unidas, Jorge Moreira da Silva, e pela Secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia. 

“África, e as mulheres e meninas africanas em particular, são muito vulneráveis às crises provocadas pelas alterações climáticas e são também desproporcionadamente impactadas pelas dificuldades de acesso à energia”, notou Ana Fontoura Gouveia. “A CPLP, enquanto plataforma de partilha de conhecimentos e boas práticas entre nações que partilham a língua portuguesa, posiciona-se como uma ferramenta valiosa para uma resposta conjunta aos desafios interligados do clima e da igualdade de género de que vos falei.”

A carta foi também assinada por Angola, Brasil e Cabo Verde, esta tarde, no pavilhão português da COP. Por Angola assinou Ana Paula Carvalho, ministra do Ambiente; pelo Brasil, a Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente e por Cabo Verde a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira. 

A Secretária de Estado anunciou também que Portugal vai ser signatário, nesta COP, da declaração por uma transição justa que inclui a perspetiva de género, uma iniciativa da Presidência da COP e das Nações Unidas. “Não é um texto perfeito, mas é um passo importante no reconhecimento das questões de género no processo de transição”, afirmou Ana Fontoura Gouveia. 

“Portugal tem também dado passos firmes para promover a participação das mulheres no processo de decisões políticas e orçamentais e incrementar a responsabilização dos Governos relativamente ao compromisso sobre a igualdade”, afirmou a Secretária de Estado, mencionando as 564 medidas orientadas para a redução das desigualdades de género que constam no Orçamento do Estado para 2024. 

Ana Fontoura Gouveia marcou ainda o forte empenho da União Europeia na promoção de uma transição justa que fortaleça a participação das mulheres em todas as fases da tomada de decisão relacionadas com adaptação, mitigação e financiamento. “É essa a preocupação que tem vindo a ser afirmada nas Conclusões do Conselho Europeu de preparação para esta COP”.  

Fonte: República Portuguesa