Estão abertas as candidaturas ao programa de bolsas “Lusofonia +”, uma iniciativa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para promover mais oportunidades de educação e de formação aos estudantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O período de candidaturas às 50 bolsas disponíveis decorre de 3 a 15 de setembro.

“Como destino universitário cada vez mais global, multicultural e inclusivo, a UTAD assume este compromisso com a cooperação internacional e com a promoção da Língua Portuguesa no mundo. Em conjunto com algumas empresas, queremos elevar as qualificações destes estudantes para que, no futuro, possam ser agentes de mudança e contribuir para o pleno desenvolvimento dos seus países de origem”, afirma o reitor Emídio Gomes.

O programa “Lusofonia +” destina-se a alunos oriundos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que já se encontram a frequentar um curso de licenciatura ou de mestrado na UTAD, que tenham mérito no seu aproveitamento acadêmico e motivação para prosseguir os estudos. No ano letivo 2024-25, serão financiadas as propinas a 20 estudantes de licenciatura e a 30 de mestrado. As candidaturas devem ser submetidas online até dia 15 de setembro, sendo os resultados divulgados a 19.

Com as bolsas de estudo “Lusofonia +”, a UTAD quer ainda reduzir o abandono escolar, potenciar o sucesso acadêmico e promover a integração social dos estudantes lusófonos na comunidade acadêmica e na sociedade portuguesa.

“A lusofonia é um dos principais vetores da estratégia de internacionalização da UTAD. Ao longo dos últimos anos, temos vindo a estreitar os laços de cooperação acadêmica e científica e as parcerias estratégicas com um número crescente de universidades e instituições dos países da CPLP, porque estamos empenhados em construir pontes para uma lusofonia plena”, conclui o reitor.

Promovido pela UTAD, o programa “Lusofonia +” conta com o envolvimento de empresas que, em regime de mecenato, apoiam a formação e a qualificação de estudantes da lusofonia em diversas áreas-chave, da educação às engenharias, da saúde e bem-estar à economia e gestão, informa a instituição.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro é uma universidade pública localizada na cidade de Vila Real, norte de Portugal.

Fonte: Mundo Lusíada

O Rio de Debret

Quando D. João VI chegou ao Rio, acompanhado da família, de praticamente toda a Corte de Lisboa e cerca de mais 15 mil portugueses, em março de 1808, o Rio parecia uma cidade oriental antiga. Confusa, mal cheirosa, com uma infraestrutura péssima, e uma paisagem humana feia: mulheres sentadas no chão fazendo cestos, ou vendendo pequenos objetos de artesanato, e escravos africanos seminus transportando gente, dejetos e pequenos animais. O Rio contava cerca de 46 ruas desalinhadas – e muito sujas. Tudo somado, perto de 50 mil habitantes.

Comia-se na rua, em precárias pensões ou junto às charretes que carregavam cestas e panelões fumegantes. Ou na clássica trilogia do três C – Casa, Caserna, Convento.

Com a chegada da Família Real começaram a surgir melhorias imediatas: praças, chafarizes jorrando água, um intendente fazendo as vezes de prefeito e chefe de polícia, pensões e oferta de PFs. Mas o Rio-Gourmet nasceu bem depois, a partir de 1861, quando o Barão de Mauá inaugurou a primeira Fábrica de Gás. E por que? Porque ao contrário da alimentação no sentido estrito, cuja função é apenas saciar a fome e mover a máquina do organismo, a gastronomia é um prazer plural e compartilhado. E com a noite iluminada à lampiões de gás (sem depender do “timing” das toras de lenha), o Rio passou a receber à noite. As mansões do Cosme Velho, de Laranjeiras, de Botafogo, do Flamengo e da Glória, começaram a reunir amigos e familiares para jantares regados a cerveja preta portuguesa, vinho do Porto, vermute e licores franceses. E surgiram os saraus: declamava-se poemas traduzidos de Vitor Hugo, Musset, Verlaine, Mallarmé, e as moçoilas mais prendadas tocavam piano e vertiam lágrimas quando os versos eram tristes…”O Rio civiliza-se”, escreveu João do Rio.

O dinheiro circulava: os Barões do Café já não mais guardavam dinheiro nas fazendas (daí o respectivo ministério chamar-se “da fazenda”), e surgiram os bancos (além do BB, o BCRJ e o BBM) e casas que ofereciam empréstimos e penhores.

nesse cenário que despontou a extraordinária figura de Irineu Evangelista de Souza, mais tarde Barão de Mauá,  o maior empreendedor do século XIX brasileiro: um visionário com os pés no chão – e o dinheiro no bolso!

Da pequena fundição na Ponta da Areia, em Niterói, veio logo depois um estaleiro no mesmo local; seguiram-se as companhias de nível internacional. Graças aos empréstimos ingleses, o infatigável empresário e banqueiro criou a indústria naval no Brasil,  a Cia. Fluminense de Transportes,  a Cia. de Navegação da Amazônia,  a Cia. de Iluminação a Gás já referida, o Banco do Brasil, a Estrada de Ferro de Petrópolis,  o Banco Mauá em Montevidéu (ele foi dono de quase todo o Uruguai!) e a Empresa San Paulo Railway (a futura Estrada de Ferro Santos-Jundiaí ) e alguns negócios financeiros. Mas o sucesso é perigoso: o Barão mudou-se para a Quinta da Boa Vista, vizinho do Imperador, e um de seus biógrafos, o Jorge Caldeira, nos conta que da sua varanda ele controlava quantos coches com visitantes estacionavam no entorno do Paço de São Cristóvão, e disputava prestígio com D. Pedro II. Infelizmente, perdeu o jogo e faliu. Mas essa a história menor, que não cabe neste artigo.

Avatar de Mauá

Pois bem: para celebrar os  215 de criação da Associação Comercial do Rio de Janeiro, feitos em julho agora, e chamada por analogia  “A Casa de Mauá”, o atual presidente Josier Vilar, outra “máquina” de iniciativas que movimentem a economia criativa do Rio e do estado, decidiu  organizar o Forum Rio Empreendedor, nos dias 4, 5 e 6 de setembro próximo. Será uma prospecção-radar da complexidade das soluções e dos desafios de que necessitamos de olho no relógio para compor uma  agenda positiva e propositiva, a fim de que o Rio recupere o seu um lugar de “locus” ideal para se empreender, para se viver, trabalhar, ganhar dinheiro, descansar e/ou se divertir.

E a materialização desse bom paradoxo, será a presença em 3D de um avatar criado especialmente pela empresa Euvatar, uma pioneira no gênero que já gerou 10 protótipos e é referência internacional, e que estará  “habilitado” pela IA a responder às perguntas de vários debatedores que irão indagar do visionário Barão como ele enfrentaria a problemática da segurança, da influência das milícias/PCC, dos “nem-nem”, do desequilíbrio de gênero em termos de empregabilidade, do preconceito de certos moradores dos bairros nobres com a presença das periferias nos espaços comuns e, enfim, da humanização dos chatbots que mandam mensagens de aniversário do tipo “ não me esqueci de você”!!!

Quase chorei de emoção.

Por Reinaldo Paes Barreto

António Montenegro Fiúza, Presidente da CPCIRJ e CEO do Ensino Lusofona Brasil, acompanhado da esposa, Nilza Fiúza, CEO do associado Capim Limão Country House, reuniu-se na sede em Ílhavo com Carlos Costa, Administrador da Vista Alegre S.A. e associado da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do RJ, para discutir ações conjuntas visando à promoção da prestigiada marca mundial.

Experiência incrível ao visitar a Quinta da Lixa e o Hotel Monverde! A forma como fomos recebidos transmite a paixão pela vinicultura e pela natureza.

O Monverde – Wine Experience Hotel é um destino que não só celebra o vinho, mas também oferece uma conexão profunda com o ambiente natural e a cultura local da região dos Vinhos Verdes. Foi um dia de boas conversas com o nosso associado e Conselheiro, Óscar Meireles, imerso em sabores, aromas e paisagens do Minho.

A Câmara Portuguesa de Comercio e Indústria do Rio de Janeiro, participou a convite do Presidente do Conselho Deliberativo do Clube de Regatas Vasco da Gama, da sessão solene comemorativa dos 126 anos da fundação do CRVG.

Na foto: Manuel Domingues, Presidente do Conselho da CPRJ e os Diretores, José Matos Nicolau e Elio Santos, com o Presidente do CRVG, Pedro Paulo de Oliveira (Pedrinho).

A Câmara Portuguesa do RJ parabeniza o CRVG!

O responsável pela Quinta da Lixa, um dos maiores produtores da região do Vinho Verde, é o protagonista do novo episódio do programa televisivo “A Essência”, na RTP. Óscar Meireles dá a conhecer a adega, os novos investimentos em vinhas e ainda nos mostra o recente e já premiado Hotel Monverde.

A Quinta da Lixa produz atualmente 6 milhões de garrafas/ano,  52% das quais exportadas para um total de 34 mercados. Detém 105 hectares de vinha própria e trabalha ainda com cerca de 200 viticultores da região do Vinho Verde.

Com autoria e produção da EV-Essência do Vinho, “A Essência” tem emissões semanais de 15 minutos, através das quais os convidados revelam a essência do trabalho que desenvolvem, na primeira pessoa, devidamente contextualizados numa linguagem televisiva de género documental.

O formato descontraído e intimista permite conhecer melhor os bastidores de grandes vinhos, o círculo restrito de amigos, família e colaboradores mais próximos dos mentores dos projetos, os produtos e os produtores que estão na base de algumas das mais reconhecidas cozinhas.

Os episódios estreiam ao fim de semana (domingos, 15h20), na RTP3 (disponível no cabo e em sinal aberto), com repetições no mesmo canal e também na RTP Internacional.

Fonte: Revista de Vinhos