Destaques da Economia (ref. dezembro/2023)

Internacional

  • Dezembro ficou marcado pelo sentimento de risk on que continuou ao redor do globo, provocado, principalmente, pelo fechamento de juros americanos;
  • O Velho Continente lida com desafios econômicos significativos: inflação decrescente, mas persistente e crescimento lento, com a Alemanha enfrentando altas taxas de inflação e aumento do desemprego;
  • A China confronta desaceleração econômica e dificuldades no mercado de trabalho, apesar de medidas de estabilização monetária e esforços para fortalecer a cooperação internacional e a unificação com Taiwan;
  • A Terra do Sol Nascente se destaca por sua estabilidade econômica em um contexto global turbulento, com promessas de aumento salarial e o fim dos juros negativos. Porém, o Japão enfrenta desafios no setor industrial com queda na produção e demanda, especialmente nas exportações..

Brasil

  • No cenário doméstico, há um crescimento econômico robusto e estabilidade diplomática, impulsionado por uma política monetária eficaz e novas alianças comerciais globais;
  • O país enfrenta desafios internos, incluindo reformas fiscais e tensões políticas no governo;
  • A gestão econômica se concentra em equilibrar as despesas e aumentar as receitas, com o objetivo de alcançar um déficit zero, em meio a um cenário de incertezas políticas e desafios fiscais

Bolsas | Juros & Câmbio

  • Mercados de renda fixa se fortalecem com o FED adotando uma postura dovish, levando o yield do Treasury de 10 anos dos EUA de 4,33% para 3,92%; o dólar DXY desvaloriza cerca de 2%, refletindo um ambiente de risco controlado globalmente;
  • O Ibovespa registra uma valorização significativa, alcançando novos patamares recordes, impulsionado por um forte influxo de capital estrangeiro de mais de R$ 45 bilhões em 2023, com um aumento expressivo no valor do principal índice doméstico;
  • Nos EUA, o S&P 500 sobe 4,4% em dezembro, fechando o ano com um aumento de 24,23% aos 4.769 pontos, enquanto o Nasdaq cresce 5,5% em dezembro, totalizando uma valorização anual de 43,4%; na Europa, o Euro Stoxx sobe 3,18% e registra ganhos anuais de 19,2%, com o DAX alemão liderando as altas com 20,3% YTD

Perspectivas

  • Expectativas de corte de juros nos EUA em 2024 geram otimismo no mercado, com apostas crescentes para início do ciclo de redução já no primeiro semestre, potencialmente beneficiando ativos de risco;
  • Na Europa, apesar de um sentimento geral de superação do pior, o BCE mantém cautela, sem sinais iminentes de corte de juros, enquanto a China enfrenta desafios econômicos persistentes, dependendo de estímulos adicionais para recuperação;
  • No Brasil, a aprovação da reforma tributária e a queda das expectativas de juros fortalecem o mercado, mas preocupações fiscais persistem, especialmente em relação à gestão da dívida pública e medidas para melhorar a arrecadação, impactando as projeções econômicas para 2024.

Leia aqui a análise completa

Fonte: Aware Investments

Brasil pode fazer diferença em importantes temas globais, diz Alckmin

Foi lançado nesta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro, o Business 20 Brazil, ou B20 Brasil, uma espécie de braço de negócios do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana. O lançamento foi na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Assim como o Brasil preside o G20 pela primeira vez, desde dezembro do ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assume o comando do braço de negócios do fórum global.

Ao longo de 2024, representantes do setor industrial vão organizar diálogos em busca de caminhos e otimização do desenvolvimento econômico.

Ao participar do lançamento do B20 Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil pode “fazer a diferença” no espaço de diálogo por ser protagonista em três temas de importância global: segurança alimentar, segurança energética e clima.

“Na segurança alimentar, somos o campeão na produção de proteína animal e vegetal. Na segurança energética, temos a energia mais limpa, praticamente, do planeta. Um exemplo: temos uma enorme contribuição a dar na descarbonização nos desafios que se avizinham. Na questão do clima, a Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo. O desmatamento, que é uma preocupação extremamente relevante, caiu já 50% em menos de, praticamente, um ano”, afirmou o vice-presidente.

Alckmin elogiou o B20 por reunir representantes da indústria. “Fico feliz de ver aqui os dirigentes das federações das indústrias do Brasil inteiro. Sociedade civil organizada faz diferença.”

O vice-presidente destacou iniciativas do governo em prol do desenvolvimento da indústria, como iniciativas de desburocratização de negócios e fomento ao crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alckmin ressaltou também impactos positivos da reforma tributária, promulgada no mês passado.

“A reforma tributária vai desonerar completamente investimento e exportação, porque acaba com a cumulatividade de crédito. Passa a ter IVA [Imposto sobre o Valor Agregado], isso dá um empurrão. É uma reforma que traz eficiência econômica, faz toda a diferença, ajudando a impulsionar a economia e fortalecendo o comércio exterior. Se o Brasil tem um PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] de 1,8% do PIB do mundo, 98,2% do comércio está fora do Brasil. Então, o comércio exterior é cada vez mais relevante”, afirmou Alckmin, enfatizando também a importância de o país buscar mais acordos comerciais com países e blocos.

“O desenvolvimento é o novo nome da paz”, disse o vice-presidente, parafraseando o papa Paulo VI (1897-1978). “Emprego, renda e oportunidade são o novo nome da paz”, completou Alckmin.

Diálogo com países ricos

29-01-2024 - O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, durante Abertura do B20 Brasil na FIRJAN no Rio de Janeiro. Foto : Cadu Gomes/VPR
O presidente do BNDES fala na abertura do B20 Brasil – Cadu Gomes/VPR

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aproveitou a abertura do B20 para exaltar vantagens do Brasil para a transição energética, como matriz majoritariamente de energia limpa, o que deixaria a economia brasileira mais competitiva, mas criticou subsídios mantidos por outros países.

“Onde nós somos mais competitivos é onde a gente enfrenta mais subsídio e mais prática de apoio a países que não têm as mesmas condições, especialmente, países ricos e desenvolvidos. Então, estamos diante de um debate que precisa ser verdadeiro, precisa ser construtivo, precisa ser de parceria.”

Mercadante disse acreditar que o G20 pode ser a última instância de governabilidade para um diálogo franco entre os países para a redução das desigualdades. “O mundo precisa de mais governança econômica e comercial, de regras mais claras. Esse caminho de que vale a lei do mais forte não é bom para o Sul global [países em desenvolvimento] e para a maioria da população do planeta.”

Setor produtivo

O presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu o programa Nova Indústria Brasil, anunciado pelo governo para acelerar a industrialização, na última segunda-feira (22), e ressaltou a importância do setor produtivo para o desenvolvimento do país. “O setor produtivo é o gerador de riquezas, de emprego, é o arrecadador de carga tributária para fazer a socialização desses impostos”, disse.

Alban avalia que a grande oferta de energia limpa é uma vantagem competitiva para a indústria brasileira.

“Todos sabem que a indústria manufatura, que é a indústria que agrega mais valor, que agrega tecnologia, perdeu espaço representativo em nível global. Esse é o momento de nós podermos recuperar esse espaço. A grande motivação que nós temos são as energias renováveis, o processo de descarbonização. Vamos ajudar o mundo na descarbonização, mas vamos fazer a nossa descarbonização para ganharmos a competitividade e algumas vantagens competitivas junto ao mercado internacional.”

B20

O lançamento do B20 reuniu ainda empresários de diversos setores da indústria. Participaram também o presidente do Fórum Econômico Mundial, o norueguês Børge Brende; o presidente do B20 Brasil, o empresário do setor automotivo Dan Ioschpe; e o sherpa (representante de chefe de Estado) do G20, embaixador Mauricio Lyrio.

O primeiro evento contou com a participação, por videoconferência, do cientista político americano e presidente da consultoria Eurasia, Ian Bremmer, especializado em política externa global. As discussões do B20 são divididas por temas: comércio e investimento, finanças e infraestrutura, emprego e educação, transição energética e clima, transformação digital, integridade e compliance, sistemas alimentares sustentáveis e agricultura, além do Conselho de Ação Mulheres, diversidade e inclusão em negócios.

Ao longo de uma série de reuniões nos próximos meses, os participantes brasileiros e estrangeiros vão elaborar um documento com demandas e sugestões para os chefes de governo e de Estado que se encontrarão na reunião de Cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, realçou que a cooperação em matéria de Defesa contribui, “de maneira muito concreta, para a coesão da CPLP, através da busca e identificação de respostas conjuntas a problemas partilhados, sejam os desafios securitários regionais, as situações de catástrofe ou as ameaças de escala global que caracterizam as relações internacionais dos nossos tempos”.

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Durante a intervenção proferida na cerimónia de apresentação em Portugal da obra “25 anos de Cooperação de Defesa da CPLP”, a 10 de janeiro de 2024, no auditório da Universidade Autónoma de Lisboa, Zacarias da Costa afirmou também que este livro é “um produto da importante atividade desenvolvida pelo CAE-CPLP, que nos permite percorrer a linha do tempo ao longo da qual a cooperação em matéria de defesa ganhou força, apresentou resultados, contribuindo para consubstanciar uma identidade de defesa em língua portuguesa”. Nesta senda, o Secretário Executivo destacou a “ação desenvolvida pelo Centro de Análise Estratégica (CAE-CPLP) no que diz respeito à análise, reflexão e criação de um pensamento estratégico partilhado”.

Na alocução, Zacarias da Costa referiu, ainda, vários outros exemplos do contributo da cooperação na dimensão da Defesa da CPLP, nomeadamente, o mecanismo de cooperação entre as Forças Armadas em situações de catástrofe; o plano de ação comum para implementação da Resolução das Nações Unidas sobre Mulheres, Paz e Segurança; as diversas iniciativas no quadro da Saúde Militar, ou das Conferências de Marinhas; a identidade da CPLP em matéria de defesa; os Exercícios FELINO para a interoperabilidade das forças, conjugados com sucessivas edições do Colégio de Defesa e outras iniciativas para a formação de uma doutrina comum ou; as medidas para promover o emprego de forças conjuntas da CPLP em operações de paz das Nações Unidas.

Recorde-se, o lançamento do Livro “25 Anos de Cooperação de Defesa na CPLP” decorreu no Centro de Análise Estratégica da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CAE/CPLP), em Maputo, por ocasião da comemoração do 20º aniversário do CAE/CPLP, no passado dia 28 de novembro de 2023. São autores:

– Professor Doutor Luís Manuel Brás Bernardino | Dep. Relações Internacionais – UAL;

– Professora Doutora Kamillla Raquel Pizzi |U. PAMPA – Brasil.

Só nos conhecendo e dando-nos a conhecer comunicamos e criamos relações.

– Breve apresentação:

A Quinta da Lixa é o testemunho vivo da paixão que a Família Meireles sempre teve pelos Vinhos Verdes. Presente em diversas áreas do mundo empresarial, esta família que já era proprietária de vinhedos localizados em redor da pequena Vila da Lixa, decidiu em 1986 criar uma pequena empresa que se viria a tornar naquela que é hoje a Quinta da Lixa – Sociedade Agrícola, Lda.

Com a evolução deste negócio, dado que inicialmente o vinho era vendido a granel, rapidamente é tomada a decisão de proceder ao seu engarrafamento e comercialização com marcas. Procedeu-se posteriormente à aquisição da Quinta da Lixa, que assim, desde 1998 passou a dar o nome comercial à atual companhia. Para dar azo à necessidade de satisfazer a procura, investiu-se em 1994 na construção de uma nova Adega.

Esse moderno centro de vinificação, instalado numa área coberta de mais de 3000 m2, compreendia uma capacidade para vinificar 4.000.000 de litros e detinha um conjunto de infra-estruturas, passando por laboratório de análises físicas e químicas, laboratório de microbiologia, sala de provas, escritórios e loja de vendas.

– Qual o maior desafio da sua empresa na relação Brasil/ Portugal? Estar presente e afirma-se com os seus vinhos no prestigiado mercado Brasileiro, dignificando assim uma marca de cultura inquestionavelmente nata.

,Visite o site: https://www.quintadalixa.pt/

Só nos conhecendo e dando-nos a conhecer comunicamos e criamos relações.

– Ramo de atividade: produção e comercialização de conservas de peixe.

– Breve apresentação: Fundada em 1853 a RAMIREZ atua no mercado internacional enquanto produtor de conservas de peixe com mais de 16 marcas próprias e exportando para mais de 5 mercados uma linha de produtos com mais de 60 referências.

– Qual o maior desafio da sua empresa na relação Brasil/ Portugal? O Brasil é um mercado muito proteccionista à entrada de produtos estrangeiros, devido á sua enorme carga fiscal aplicada aquando da nacionalização da mercadoria, por outro lado, a desvalorização da moeda (R$) torna as operações difíceis ao nível do importador.

Visite o site: https://ramirez.pt/

Vítor Barosa, CEO do Banco BNI Europa, formalizando a adesão deste importante banco à Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro. Com mais este passo, a Câmara Portuguesa continua a incentivar e consolidar a relação entre Portugal e o Brasil ao nível dos principais atores do investimento internacional.