Só nos conhecendo e dando-nos a conhecer comunicamos e criamos relações.
– Breve apresentação: Consultoria em toda a tramitação do processo de requerimento de dupla nacionalidade nas conservatórias em todo o território português. Nossa empresa possui grande estrutura, possibilitando ao cliente ter contato direto para obter informações acerca da tramitação dos serviços contratados.
– Qual o maior desafio da sua empresa na relação Brasil/ Portugal? Dar agilidade à conclusão dos nossos serviços a despeito da morosidade das Conservatórias Portuguesas.

Os católicos praticantes observam a tradição de não comer carne nesta data, uma opção simbólica de solidariedade ao Cristo, no dia de seu maior sacrifício: a  crucificação e morte, após as 14 estações da Via-Sacra. É um ritual que vem da Idade Média. Mas não está na Bíblia.

Um católico menos rígido, contudo, não tem porque se privar de degustar estas duas refeições na sexta-feira, com ingredientes saborosos, mesmo sem carne. Afinal, como afirma o Padre Jorjão, Jesus também tinha o seu lado festeiro, haja vista as Bodas de Canãa. E aqui vão algumas sugestões, além do clássico bacalhau (*) em seus diversos preparos.

Por exemplo: ceviches e tartares; arrozes e risotos; massas (de todo tipo, com N recheios); quiches e empadões; legumes recheados com nozes, queijos, especiarias; suflês e omeletes; e preparos vegetarianos e veganos, que vão dos mais conhecidos como os hamburguers e strogonoffs de soja e tofu, ou soluções criativas que surpreendem. Como o “jacalhau”, receita preparada pela chef Carolyna Vaz, que usa a jaca verde como matéria prima de quibes, empadões e nessa bacalhoada “fake”, assunto da crônica desta semana da jornalista Cláudia Chaves, fera na crítica teatral mas uma doce comentarista das boas mesas do Rio de Janeiro. E mais: sopas e caldos, e o que eu prefiro: peixes, mariscos, crustáceos e todos os outros marinhos. Sobretudo ostras, sobretudo para o almoço:  meia dúzia de ostras certificadas, só com pingos de limão, escoltadas por uma taça de Sauvignon Blanc.

Finalmente, uma curiosidade: por que o coelho e o ovo são as logomarcas universais da Páscoa? Pelo simbolismo que um e outro representam para as duas maiores religiões do ocidente: o cristianismo e o judaísmo. Porque a existência está ali representada pelo ovo, véspera do nascimento – milagre da vida — e pelo coelho, cuja capacidade de gerar ninhadas é associada à necessidade das religiões de (re)produzir novos “filhos”.

Mas, e o por que do ovo de chocolate? Ah, surgiu na Europa, no final do século 17, em substituição aos ovos de galinha, cozidos e pintados, que antes eram escondidos nas ruas e jardins para serem caçados pelas crianças. E os pioneiros (claro!) foram os “chocolatiers” parisienses, que tiveram a ideia fabulosa de fazerem ovos de chocolate para agradar a criançada e, ao mesmo tempo, colocá-los na agenda gulosa dos adultos. E num remate de criatividade, os mais ousados confeccionaram coelhos de chocolate, como os desta vitrine que eu fotografei em Paris, na Rue de Rennes, em Saint Germain, há um par de anos, síntese cartesiana desses dos símbolos pasquais.

O mais importante, no entanto, é a sua atitude. Especialmente nesta semana, vista “roupas positivas”, impregnadas de boas recordações. Entre numa igreja — cheia ou vazia — e faça uma oração/reflexão. E, ao sair, olhe a vida pelo melhor ângulo, até porque a mensagem profunda da Páscoa é uma mensagem de esperança, renovação, que em sua essência  transmite a ideia de que a vida triunfa sobre a morte, e que há sempre a possibilidade de um novo começo — melhor.

(*) O bacalhau não é um peixe em sentido estrito. É um processo de ‘salga e secura’ de cerca de 60 espécies de peixes migratórios, inclusive o Arapaima gigas (pirarucu), que navega pelo nosso Rio Amazonas.

Por Reinaldo Paes Barreto

 

Muito trabalho e conversas produtivas na missão de empresas de Portugal e Brasil que está nesta semana visitando Hong Kong, Macau e as cidades chinesas Zhuhai e Senhzen. A comitiva chegou à China na última segunda-feira (18) e deverá encerrar sua agenda de visitas e reuniões no próximo sábado (23).  Em Portugal, a delegação foi organizada pelo Grupo de Oeiras. E conta também com a participação de um empresário brasileiro – o presidente da Liderroll, Paulo Fernandes. Até aqui, o resultado dos encontros tem sido extremamente promissor. É o que afirma o advogado Adriano Pinto Machado (foto), do escritório Pinto Machado, nosso entrevistado de hoje (22). Ele faz parte da comitiva por ser representante do Oeiras Valley no Brasil e relata as sinergias que existem entre as companhias chinesas, portuguesas e a Liderroll, especialmente nos setores de gás natural, pipelines, construção civil, descarbonização e eletromobilidade. “Fomos muito bem recebidos. É um país que tem uma atividade vocacionada ao trabalho. Aqui, todo mundo é focado para trabalhar. A forma cultural deles é muito impressionante”, afirmou. Especificamente sobre a Liderroll, Machado avalia que existem muitas oportunidades de negócios que podem ser concretizadas a partir das conversas iniciadas nesta semana. “A China é um grande mercado e precisa de uma empresa como a Liderroll. Eu, como representante da Oeiras Valley no Brasil, achei por bem convidar a Liderroll, que aceitou participar da missão. A Liderroll tem uma grande oportunidade de investir na China, com muito campo de trabalho pela frente”, disse.

Como surgiu o convite para participar dessa comitiva?

Eu fui convidado pela Oeiras Valley para participar da missão empresarial que está ocorrendo em Macau, Hong Kong e China, porque sou representante da Oeiras Valley no Brasil. Nossa missão empresarial aqui está sendo recepcionada pelo Bank of China, institutos oficiais, bancos, bem como pelos governos da China, Macau e Hong Kong. Essa missão empresarial está apresentando inúmeras oportunidades para os executivos participantes.

Como tem sido o resultado até aqui?

O resultado tem sido extremamente positivo. Estou surpreso com a capacidade da China na economia, na junção da cultura com o crescimento do país. Realmente, trata-se de uma nação que tem tudo para brilhar. Eles são bem acolhedores com empresas corretas. As companhias que trabalham corretamente são muito bem-vindas na economia da China.

E em relação à recepção dos chineses? Estão animados em fazer negócios?

Fomos muito bem recebidos. É um país que tem uma atividade vocacionada ao trabalho. Aqui, todo mundo é focado para trabalhar. A forma cultural deles é muito impressionante. Os chineses dão muito valor à cultura e ao respeito. A questão cultural aqui é muito forte. Na minha opinião, Macau, Hong Kong e China formam o maior pool de atividades econômicas do mundo.

A Liderroll é a única empresa brasileira na comitiva. Quais são as oportunidades que surgem para a companhia nessa missão empresarial?

A China é um grande mercado e precisa de uma empresa como a Liderroll. Eu, como representante da Oeiras Valley no Brasil, achei por bem convidar a Liderroll, que aceitou participar da missão. A Liderroll tem uma grande oportunidade de investir na China, com muito campo de trabalho pela frente. A Liderroll é uma associada da Oeiras Valley também e está sendo muito bem recepcionada e muito bem vista por aqui.

Quais são as principais oportunidades para as empresas participantes da missão?

Algumas das oportunidades estão relacionadas à exploração de gás, pipelines, construção civil, entre outras. Existe também a questão da descarbonização, na qual a China quer avançar. Importante mencionar ainda os carros elétricos. Os chineses estão muito avançados nesse mercado de veículos elétricos e vão crescer muito com isso. Vão construir fábricas de baterias de lítio e estão muito direcionados a esse segmento de eletromobilidade.

O escritório Pinto Machado quer estreitar laços com os chineses?

Certamente. O escritório Pinto Machado está criando laços com a China e provavelmente constituirá um escritório no país. Esse escritório para a China já vai ser direcionado para investimentos no mercado chinês e em países onde a China está presente. 

 

Especialistas aprovam a forma de usar o peixe, mas avaliam qualidade das marcas mais populares

Foi-se o tempo em que para comer um bom bacalhau era preciso passar três dias alternando água e leite para hidratar e dessalgar o bichinho antes de prepará-lo. Hoje, é possível salvar o almoço de Páscoa na véspera, passando na área de refrigerados do supermercado.

Até chefs reconhecidos, inclusive em Portugal, recorrem ao peixe congelado, a priori, já com a quantidade correta de sal. “No fim das contas, o teste do dedo puxando uma lasquinha lá do meio para provar é o mais assertivo. Mas quando você compra um bom produto, isso nem sempre é mais necessário”, acredita Ipe Moraes, restaurateur à frente das Adegas Santiagos, Taberna 474, Casa Europa e Arroz Malandro.

A não ser quando serve o bacalhau espalmado na brasa, é ao lombo dessalgado congelado que o empresário recorre. Edrey Momo, sócio do premiado chef português Vítor Sobral, recorre ao mesmo formato na Tasca da Esquina, que nos próximos dias transfere-se do Jardim Paulista ao Paulistano.

“O Vítor é muito chato e aqui nem temos acesso ao padrão que ele tem por lá, mas trabalhamos com um ótimo produto”. Coisa da qual apenas uma das seis marcas da avaliação se aproximou.

O teste foi coordenado por Valdeci Castro, gerente e chef do Rancho Português, profissional que zela pela venda de 20 toneladas do peixe em um mês comum e quase 30 na Páscoa.

“Segui as instruções de descongelamento de cada embalagem e preparei de duas maneiras: apenas cozido, como indicou o chef José Avillez, diretamente de Lisboa, e grelhado, para não restar dúvida”, explica Valdeci.

Os chefs Ivan Santinho e Pascal Valero (que têm o bacalhau como best-sellers, respectivamente no La Cura e no delivery Da Minha Casa para a Sua), assim como Amanda Caracante (chef apresentadora do canal Sabor & Arte e que possui curso sobre o tema no Atelier Gourmand), reforçaram o júri com notas e comentários ao sabor, textura, quantidade de sal e visual dos produtos.

Os cinco especialistas foram unânimes na escolha do melhor e do pior. Reforçaram ainda que estampar “lombo de bacalhau” na caixa não significa servir lombo verdadeiro, isso é, o do bacalhau-do-atlântico, aquele que se desfaz em belas lascas. Mesmo às cegas identificaram prontamente as duas marcas que usavam gadus macrocephalus e se chocaram com a diferença de tamanho dos pedaços dentro de um mesmo pacote.

Os melhores bacalhaus dessalgados do mercado

  1. Bom Porto
  2. Ribeiralves
  3. Momento Mambo

    As seis marcas avaliadas em ordem alfabética

    Bacala Mare

    Agradável, porém, um pouco mole e com pouco sal. Altura decepcionante para um lombo (R$ 86,38; 8oog)

    Bacalanor

    Textura de peixe sem cura e com retrogosto amargo, pronunciando um produto “cansado”, que nem parece bacalhau (R$ 105,99; 800 g )

    Bom Porto

    Macio e com lascas firmes. Sabor acentuado, boa cura e nível de sal muito bem equilibrado. Aspecto brilhante, entregando o colágeno. Todas as características que um bacalhau superior deve ter (R$ 187; 1kg)

    Momento Mambo

    Tenro, com boa cura e bastante colágeno, porém, com excesso de sal (R$ 150,74; 1 kg)

    Qualitá

    Sabor intenso não parece do verdadeiro Gadus Morhua fabricado em Portugal anunciado no pacote. No visual, pontos escuros desagradaram (R$ 99,90; 800 g)

    Ribeiralves

    Bom sabor, quantidade de sal, textura e brilho. No entanto, as qualidades não se apresentaram em todas as partes da mesma embalagem (R$ 115,92; 1 kg)

    Fonte: Estadão

Li, numa mídia social a propósito do Dia de São José, (*) esta promessa para o santo-carpinteiro: no dia 19 de março, e até a meia noite, escreva em uma folha de papel todas as frutas que é capaz de reconhecer. Recorte e dobre os papéis com os nomes colocando-os em uma caixa/sacola como em um sorteio. Converse com o santo e faça o seu pedido com fé. Retire um dos papéis. A fruta cujo nome estiver escrito ali deve ser evitada até o dia 19 de março de 2025…”

 

 

Bom, mas com todo o respeito pelos devotos de São José (e de outros santos), eu pergunto: será que um sacrifício a meu ver bobo – não comer maçã durante um ano, ou acerola, ou lichia – “agrada” ao santo a ponto de ele/ela atender um pedido supostamente difícil? E não comer uma fruta, ou beber cerveja, etc, não atinge o organismo. Mas há as promessas realmente radicais: os que se propõem a subir a pé, descalços, os 382 degraus da escadaria da Igreja da Penha, ou percorrer de joelhos 127m do pátio do Santuário de Fátima, perto de Lisboa, por aí. E a pergunta continua a mesma: será que “eles” nos querem sofrendo tanto, fisicamente, comprometendo às vezes a saúde, para obter uma graça?

Não me parece. E não seria mais razoável prometer aos santos adotar uma criança ou até um pet abandonado? Ou, se não puder acolher em casa um ser vivo, carente, pelo menos custear o tratamento, estudo, remédios caros, etc, etc,  de uma criança, ou idoso, ou deficiente? E/ou levar para um passeio, ou passar uma tarde em um abrigo, com eles?  Repito, será que não “gera mais crédito” com a corte celeste um gesto de generosidade humana transformador, em vez de um calvário aparentemente inútil sem benefício direto para os demais humanos?

Vou mais longe. Acho que pedir com fé e confiança a um(a) santo para que interceda junto ao Cristo a fim de obter(mos) uma graça (e até um milagre!) não precisa estar vinculado a uma “contrapartida” sofredora. Uma velhinha enferma se privar de sorvete durante um ano para que São Camilo de Lellis (**) lhe cure as dores do lumbago, me parece tão inócuo quanto achar que dá para debelar um incêndio florestal com uma caneca de água gelada.

Ou seja, mesmo na “cabeça” das entidades espirituais, acho que os santos são pragmáticos…

(*) São José é uma figura aparentemente apagada (não induz Jesus a realizar milagres, não foi martirizado e nem converteu pagãos), mas “graças a ele Maria não foi morta devido a uma “incompreensível” gravidez, em um país machista e preconceituoso, e graças a ele o filho de Deus teve uma infância “normal” até se revelar o líder espiritual máximo do Cristianismo”, e sofrer o destino que o Pai lhe reservou, como o descreve a teóloga e escritora italiana Michela Murgia.

(**) São Camilo de Lellis (1550-1614) era italiano e o santo padroeiro dos doentes, dos hospitais e dos profissionais de saúde.

Por Reinaldo Paes Barreto

 

Um projeto-piloto sobre segurança rodoviária em Países de Língua Oficial Portuguesa, liderado pelo português José Fernando Guilherme, foi premiado pela agência das Nações Unidas União Postal Universal (UPU), disse o responsável do projeto à Lusa.

Antigo funcionário dos CTT Correios de Portugal, onde foi Gestor de Frota, Diretor de Transportes e Responsável pela Segurança Rodoviária e Eficiência da Frota, José Guilherme foi convidado, em 2022, para liderar um projeto da UPU sobre segurança rodoviária alinhado “com aquilo que tinha sido decidido na Assembleia Geral da ONU em relação à segunda década de ação para a segurança rodoviária”, disse o próprio à Lusa.

Tendo começado, nos CTT, em 2015, “a desenvolver projetos que tiveram resultados na redução da sinistralidade na empresa, que posteriormente tiveram reconhecimento internacional, nomeadamente da Comissão Europeia”, acabou por ser convidado pela UPU, disse.

“Esta agência das Nações Unidas integra todos os operadores postais dos países que pertencem à ONU. É uma organização que integra centenas de empresas, com milhões de trabalhadores, que usam milhões de veículos”, explicou.

No âmbito da UPU, coordenou “um grupo de peritos de vários operadores postais para campanhas de sensibilização de segurança rodoviária”, tendo dado “uma atenção especial” aos membros de língua portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Timor-Leste, Macau e também a Guiné Equatorial, que pertence à Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

Apesar do foco nestes países, a implementação do projeto-piloto, em 2023, foi apenas possível nos correios no Brasil, Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, afirmou.

“Nos outros países da CPLP não foi possível iniciar o projeto. Timor-Leste tem uma frota pequena, por exemplo, e Moçambique está a passar por uma fase de reorganização dos correios e não houve condições para começar”, explicou.

“Gostava de dar visibilidade a este projeto de segurança rodoviária, que muitas vezes é vista do lado das leis e infraestruturas, mas não há aquilo que eu considero importante que é um trabalho ao nível das organizações”, declarou.

Uma empresa que tem milhares de trabalhadores na rua tem uma oportunidade de fazer um trabalho enorme sobre segurança rodoviária e uma responsabilidade de o fazer, disse, acrescentando que no norte da Europa e nos Estados Unidos da América há uma tradição das empresas em fazer formação, mas que no sul da Europa, na América latina e em África estas ações são “novidade”.

“Este trabalho é raro em parte do mundo, mas extremamente importante”, referiu.

Devido a este trabalho, no passado dia 07 de fevereiro José Guilherme recebeu, em Berna, na Suíça, o prêmio da UPU “Chairman’s Award” que reconhece o melhor trabalho de 2023 realizado por um responsável de projeto da UPU.

Fonte: Mundo Lusíada