Neste dia 30, o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, pediu serenidade no debate sobre eventuais reparações às antigas colônias, na sequência das declarações do seu homólogo português.

“Eu acho que é um debate que deve fazer-se com serenidade, respeitando as opiniões de uns e de outros, as universidades, as fundações, os partidos políticos, a sociedade civil”, afirmou o chefe de Estado cabo-verdiano, na cidade da Praia.

O Presidente respondia aos jornalistas, à margem da condecoração com a Ordem Amílcar Cabral, Segundo Grau, a Felisberto Vieira Lopes (a título póstumo), um advogado que defendeu os antigos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal de Santiago.

Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa vai participar nas comemorações dos 50 anos da libertação dos presos do Campo de Concentração do Tarrafal, símbolo da violência da ditadura colonial portuguesa.

Na semana passada, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, sugerindo o pagamento de reparações pelos erros do passado.

“Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isto”, afirmou Marcelo num jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, citado pela agência Reuters.

José Maria Neves disse que não comenta em si as declarações do seu homólogo português, mas insistiu na necessidade de um debate para se “chegar a entendimento e consensos sobre essas matérias”.

Em Lisboa, o partido Chega pediu o agendamento de um debate de urgência no parlamento para que o Governo esclareça se está a ser equacionada a atribuição de eventuais “indenizações às antigas colônias”. O Chega indica que o objetivo do debate é “discutir, analisar e apontar aquela que é uma das maiores traições à pátria”.

Também o presidente de São Tomé comentou o assunto como “relevante” nesta segunda-feira, e  afirmou que os atos de maus tratos e violência da colonização não estão resolvidos. “Se Portugal traz ao quotidiano este assunto, acho que é de todo relevante para que se discuta e que se revejam também esses aspetos e nós continuarmos a nos aproximarmos cada vez mais […] isso vai ser de forma transparente e clara, nós olharmos para aquilo tudo que foi benéfico ou que prejudicou os outros países, analisarmos, tiramos ilações e resolvermos a situação”, disse Carlos Vila Nova.

Visita oficial

 O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia hoje uma visita a Cabo Verde para participar nas comemorações dos 50 anos da libertação dos presos do Campo de Concentração do Tarrafal.

O programa, divulgado pela Presidência cabo-verdiana, arranca às 17:00 (19:00 em Lisboa) com uma visita à Feira do Livro, na capital, Praia, na qual Marcelo Rebelo de Sousa será recebido pelo seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves.

Logo a seguir, os dois chefes de Estado visitam a exposição “50 Anos de Abril – Antes e Depois”, no Arquivo Histórico Nacional de Cabo Verde.

Marcelo Rebelo de Sousa termina o dia com uma recepção à comunidade portuguesa.

O dia 01 de maio será passado por inteiro no antigo campo de concentração do Tarrafal, hoje Museu da Resistência, palco central das comemorações, em que participam ainda o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e um representante do Presidente de Angola, completando assim o leque de quatro países de origem dos presos políticos.

O programa inclui o descerramento de uma placa comemorativa, uma sessão especial com os chefes de Estado e uma conferência sobre o campo do Tarrafal pelo historiador Victor Barros.

À tarde, os presidentes realizam uma visita guiada ao campo e as comemorações do dia terminam com um concerto com Mário Lúcio (Cabo Verde), Teresa Salgueiro (Portugal), Paulo Flores (Angola) e Karyna Gomes (Guiné Bissau), com entrada livre.

O programa do Presidente português para quinta-feira, em Cabo Verde, está ainda em finalização.

Um total de 36 pessoas foram mortas pela ditadura colonial portuguesa no campo de concentração do Tarrafal.

A maioria, 32 mortos, eram portugueses que contestavam o regime fascista, presos na primeira fase do campo, entre 1936 e 1956.

O campo reabriu em 1962 com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, destinado a encarcerar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde – altura em que morreram dois angolanos e dois guineenses.

Ao todo, mais de 500 pessoas estiveram presas no “campo da morte lenta”.

Fonte: Mundo Lusíada

Estamos na SIM Conference! A nossa participação mostra um compromisso mútuo em fortalecer as relações empresariais entre o Brasil e Portugal, além de abrir portas para colaborações e investimentos inovadores. É uma ótima iniciativa para construir um futuro promissor para ambas as regiões.
Representando o Brasil, Construindo Futuro!

Visitou o stand da CPCIRJ na SIM Conference o Sr. Vereador da Câmara Municipal do Porto, Doutor Ricardo Valente! Juntos Construímos Futuro!

Representantes da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, na SIM Conference, fortalecendo os laços Brasil-Portugal e explorando novas oportunidades de investimento. Juntos, estamos construindo o futuro da colaboração internacional!

Eduarda e Leonardo da @kubaaudio do Rio Janeiro, associados da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, na SIM Conference, fortalecendo os laços Brasil-Portugal e explorando novas oportunidades de investimento. Juntos, estamos construindo o futuro da colaboração internacional!

Em 1º de maio de 1884, a Federação dos Ofícios Organizados e dos Sindicatos de Trabalhadores de Chicago, nos EUA, haviam conseguido que o Estado de Illinois aprovasse uma resolução declarando que, a partir desse dia e ano, a jornada de trabalho legal seria de oito horas diárias, durante os cinco dias úteis da semana (contra as 14h que até então os operários tinham que cumprir a cada dia).

Beleza!

Só que (há sempre um “só que”) os patrões não gostaram nada da perspectiva e se opuseram imediatamente (nenhuma surpresa). Tampouco da reação: a Federação convocou então a classe operária para uma greve (*) geral, logo aplaudida e “aderida” por duzentos mil trabalhadores na cidade de Chicago. Reação? A polícia travou violento choque com os grevistas, causando a morte de muitos deles e prendendo outros tantos. Reação à reação? A sociedade civil, a imprensa e a opinião pública em geral reagiu violentamente contra essa violência de tal forma, que O Dia do Trabalho passou a ser formalmente comemorado nos Estados Unidos.

Só que (eu não disse?) para respeitar a versão oficial de que aquele primeiro de maio foi de desordem, a celebração americana foi transferida para a primeira segunda-feira de setembro. Aliás e por diversas razões, o Dia do Trabalho ou do Trabalhador não é, como para nós, comemorado no Primeiro de Maio: na Austrália, 4 de Março; na Espanha, 18 de julho, etc.

E, no Brasil, a data só foi declarada feriado nacional em 1949, pela Lei 662 assinada pelo Getúlio. Aliás, durante a Era Vargas (sobretudo o primeiro ciclo entre 1930-45) o Primeiro de Maio era o grande dia de medir o pulso do ditador, que desfilava de carro aberto pelo Estádio de São Januário, acenando sem cessar com a mão em concha, enquanto era  sonoramente aplaudido de verdade e também pela claque dos pelegos. Depois, deitava falação, é obvio.

Aliás, até muito recentemente, além do feriado e de um certo oba-oba político-sindical, o Dia do Trabalhador no Brasil, se expressava especialmente pelo esperado anúncio oficial do aumento anual do salário mínimo.

Esta ano de 2024, provavelmente também. Mas num exercício de futurologia, imagino novas profissões: técnico em manjo de drones, curador pessoal de conteúdo para mídias sociais, conselheiro de privacidade eletrônica, terapeuta de desintoxicação de iphones e, na outra ponta, (re)inventores de jogos para crianças e adultos que não tenham nada eletrônico (pular carniça, cabra-cega, pular amarelinha, pera, uva e maçã …).

Além de “cuidadores eletrônicos”, presenciais é claro, de idosos e de inexpertos digitais, que ajudarão esses sobreviventes da Galáxia de Gutemberg  a pagar as suas contas pela internet, promover “lives” com familiares e amigos distantes, manipular aplicativos e se tornarem ativos consumidores online (1,7 milhões de novos consumidores a cada ano, segundo pesquisa da MELI).

E ainda é capaz de surgir algum “ectoplasma” de carne e osso capaz de se esconder atrás de uma cortina semiaberta da janela da copa, para ver a vizinha (o) trocar de roupa no prédio em frente…

 (*) A palavra “greve” vem do francês e é um sinônimo meio arcaico de sable = areia. Isso porque as margens do Rio Sena, em Paris, eram de areia grossa e havia uma praça com este nome, aonde os desempregados e insatisfeitos (além de agitadores) se reuniam para protestar contra as más condições de trabalho. E se dizia: eles estão na – em – greve.

Voilà.

Por Reinaldo Paes Barreto

Assim como a “Política Nacional do Cultura Viva”, o Ponto de Cultura “Adaquerj Cultural” também completa 20 anos, em 2024.
 
Abaixo está a foto das fitas em VHS do primeiro projeto, iniciado em 2004, e interrompido em 2020 devido à Pandemia de Covid-19.

O Diretor Representante da Bolsa de Gêneros Alimentícios do RJ, Everaldo Oliveira do Nascimento foi agraciado pelo vereador Eliseu Kessler do Rio de Janeiro, com a medalha Juscelino Kubitschek de Oliveira na Câmara Municipal .

Everaldo diz: “Medalha essa que muito me orgulho em meus 50 % de sangue mineiro em nome meus avós, minha mãe e minhas tias e tios ! O vereador nem imagina a importância que essa medalha vai fazer em vinha vida !”

O Governo dos Açores criou um guia para a contratação de cidadãos estrangeiros que junta um “conjunto de informações muito importantes” para empresas e imigrantes, uma iniciativa elogiada pelos empresários, anunciou hoje o executivo.

“Foi aprovado o Guia de Contratação de Cidadãos Estrangeiros dos Açores, que tem um conjunto de informações muito importantes em relação a todo o processo de contratação e a todos os direitos que os imigrantes têm na nossa região”, afirmou o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades aos jornalistas.

Paulo Estêvão, que falava após uma reunião final do Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da Imigração, em Ponta Delgada, adiantou que o guia está pronto a ser disponibilizado e será “amplamente divulgado”.

“É um guia que vai fornecer uma coletânea de informação muito importante para quem realmente quiser instalar-se na Região Autónoma dos Açores e desempenhar aqui a sua profissão. É também uma informação muito importante para as entidades patronais”, reforçou.

O secretário regional do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) realçou a importância dos imigrantes para colmatar a “falta de mão-de-obra gritante” no arquipélago, dando como exemplos o setor da restauração e o da construção civil.

O governante avançou que o executivo vai “aumentar o esforço” para organizar mais formações de língua portuguesa para estrangeiros (em 2023, disse, participaram naqueles cursos 111 pessoas), mas reconheceu haver desafios para garantir uma imigração com dignidade.

“O principal problema que nós temos é a habitação. Para recebermos as pessoas temos de ter condições. Essa é a grande preocupação. Os Açores querem receber bem. As pessoas que vierem para os Açores têm de ser recebidas com dignidade”, salientou.

No final da reunião, a presidente da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA) expressou as dificuldades de contratar pessoas no seu país de origem, tratando-se de um “processo muito burocrático e demorado”.

“O guia vai ser um documento muito importante quer para cidadãos estrangeiros que queiram vir trabalhar para os Açores, quer para as empresas que querem contratar saberem exatamente o que devem fazer e o que não devem”, considerou Alexandra Bragança.

Já a responsável pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP) nos Açores alertou para a necessidade de criar “condições dignas” para os cidadãos estrangeiros.

“A criação do guia de contratação é muito importante principalmente para difundir a informação, porque não é assim tão difícil contratar mão-de-obra estrangeira. É tão fácil como contratar alguém da nacionalidade portuguesa”, defendeu Cláudia Chaves.

De acordo com dados de 2022, existem 5.123 estrangeiros nos Açores (2.541 mulheres e 2.582 homens), sendo a comunidade brasileira a maior das 97 nacionalidades presentes na região.

A elaboração de um guia para a contratação de imigrantes foi anunciada em outubro de 2023 pelo presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, que na altura disse querer apresentar o documento até ao final de janeiro de 2024.

Entretanto, a região viveu uma crise política motivada pelo chumbo do Orçamento para este ano e houve eleições em 04 de fevereiro, que Bolieiro venceu.

Conselho

O Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da Imigração (CCRAI), que hoje se reuniu, tem como objetivo assegurar a participação e a colaboração das associações representativas dos imigrantes, dos parceiros sociais, das instituições de solidariedade social e de outras organizações que prestam apoio social e cultural aos imigrantes, na definição e coordenação das políticas de integração social e de combate à exclusão.

A reunião encerrou com uma evocação do Dia da Comunidade Luso-Brasileira, que se comemora anualmente a 22 de abril, através de depoimentos de duas imigrantes brasileiras sobre a sua integração na sociedade açoriana, nomeadamente, Eleonora Marino Duarte, do Rio de Janeiro, e Ângela Fernandes, de São Paulo.

Criado em 2002, o CCRAI tem como principal missão colaborar na execução das políticas de integração social dos imigrantes que visem a eliminação das discriminações e a promoção da igualdade de oportunidades e participar na definição de medidas e ações que contribuam para a melhoria das condições de vida dos imigrantes e para a defesa dos seus direitos.

Fonte: Mundo Lusíada